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Certificação de produtos orgânicos

O que você precisa saber


Preocupados com a segurança do alimento, consumidores de todo o mundo estão dispostos a pagar mais por alimentos naturais, que estão livres de produtos químicos e outras fontes de contaminação. Por isso, a certificação de produtos orgânicos é uma tendência que vem se tornando cada vez mais frequente para quem trabalha com a cadeia de suprimentos e, mais especificamente, com produção agrícola.

Só em 2019, o setor de produtos orgânicos faturou R$ 4,6 bilhões no Brasil, segundo balanço da Organis, o que representa um aumento de 15% em relação ao ano de 2018. 

A mesma pesquisa da Organis revelou que o preço dos gêneros orgânicos é o principal entrave para o incremento das vendas: 62% dos entrevistados afirmaram que aumentariam a demanda se os valores fossem mais acessíveis. Mesmo assim, o Brasil está no 4º lugar em consumo de alimentos saudáveis, mostrando como a nossa população se preocupa com a saúde e prioriza o consumo de produtos certificados.

É fato:consumidor de produtos orgânicos busca a garantir o consumo de um alimento seguro. Mas o que os varejistas, as indústrias e produtores precisam fazer para garantir a autenticidade e confiabilidade dos produtos deles? A resposta não é tão simples quanto parece.

Por isso, preparamos esse artigo para te ajudar com o desafio de gerenciar a cadeia de suprimentos e garantir sua vantagem competitiva, desenvolvendo um plano para a sua produção orgânica.

Certificação de produtos orgânicos: é lei? Sim. A produção orgânica no Brasil é regulamentada pela Lei 10.831/2003 e regulamentada pelo Decreto 6.323/2007. Além do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro, o órgão regulamentador dos produtos orgânicos é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.

O que são produtos orgânicos certificados? Produtos orgânicos certificados são aqueles que foram produzidos, armazenados, processados, manipulados e comercializados de acordo com especificações técnicas precisas e certificados por um organismo de certificação.

O produto orgânico, para obter a certificação, deve fornecer um alimento sem agrotóxicos e sem modificações genéticas, atendendo a qualidade e a saúde que o consumidor espera.  Tudo isso ocorre após a verificação de conformidades com os padrões orgânicos, gerando um selo para o produto. Este selo varia de acordo com o organismo de certificação, mas é a garantia de que os elementos essenciais que constituem um produto "orgânico" foram atendidos desde a produção até o mercado.

Ou seja, para obter o selo "orgânico", o produto deve atender às especificações além da etapa de produção, durante todo o processo, garantindo que tenha tomado medidas ecologicamente corretas. O selo orgânico é, portanto, uma reivindicação de processo de produção, em oposição a uma reivindicação de qualidade do produto.

Leia também: Como aumentar a produtividade na Agricultura Orgânica?

Tipos de certificação orgânica: Existe um logotipo orgânico nacional obrigatório, que deve ser usado para todos os produtos orgânicos nacionais e importados. Para que um produto tenha a certificação orgânica é obrigatório que a unidade de produção passe por um dos 3 mecanismos de garantia da qualidade orgânica, sendo eles:

Esta obrigatoriedade está baseada nos riscos à segurança do consumidor ou ao meio ambiente, e todos os operadores da cadeia de suprimentos de produtos orgânicos devem ser certificados de acordo com a regulamentação orgânica brasileira e possuir o selo oficial.

Lembre-se: as diferenças entre os métodos não quer dizer que um seja melhor do que o outro. É fundamental analisar e respeitar as características de cada propriedade. Por isso, você deve mapear os objetivos da sua produção orgânica antes de escolher o método para regularização e certificação.

Para saber qual a melhor escolha, acesse o texto: Certificação de Orgânicos - por que escolher a Genesis?

Como converter a produção em orgânica?  O primeiro passo, de acordo com a regulamentação, é o Plano de Manejo Orgânico (PMO). Ele faz diferença não apenas para quem está iniciando, mas também para quem já atua no segmento de orgânicos. Afinal, é ele quem orienta e registra como serão executadas todas as práticas de manejo da propriedade. 

Se você ainda quer saber mais sobre a construção do Plano de Manejo Orgânico, há um texto completo sobre o assunto no blog da Paripassu em: Tudo o que você precisa saber para usar o Plano de Manejo Orgânico a seu favor!

A partir do PMO, você terá a base para converter sua produção em orgânica, mantendo atualizadas todas as práticas executadas na propriedade e atendendo às legislações a fim de nortear o controle de custos da produção.

Para ajudar no seu processo de certificação dos produtos orgânicos, a Paripassu disponibiliza um checklist completo para a sua certificação orgânica! Mas, se o seu produto for orgânico e não for certificado, acesse esse link e veja o que fazer.

A tecnologia na produção orgânica - O uso de tecnologia no agronegócio é a chave para o aumento de produtividade e melhor controle na gestão da produção. Isso não é diferente para quem trabalha com produtos orgânicos. Afinal, a certificação faz parte de um processo cíclico, onde são realizadas inspeções programadas e aleatórias, e, por isso, os registros são tão importantes.

Para obter a certificação orgânica você precisa não somente realizar as atividades de manejo de acordo com o indicado, mas também registrar diariamente as mesmas. Por isso, o uso do Caderno de Campo permite os registros e o compartilhamento em tempo real, garantindo o fluxo de informação e controle.

Se você ainda não tem um Caderno de Campo, pode baixar em seu celular a versão gratuita da PariPassu na Google Play ou App Store!

Além disso, é importante que o software de gestão agrícola escolhido ajude você a atender as legislações vigentes e as diversas exigências de certificações, como por exemplo: a Instrução Normativa 02/2018 e a certificação Global G.A.P, garantindo maior confiança e qualidade para os seus produtos.

Espero que tenha gostado do artigo de hoje! Aproveite para comentar e compartilhar. No blog da PariPassu há artigos com orientações práticas para garantir a confiança, rastreabilidade e qualidade do alimento. Confira os links relacionados à esse artigo

* Júlia Munhoz/[email protected]

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