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Embrapa debate impactos da Covid 19 na fruticultura tropical

A Covid 19 pode não ser tão letal para a fruticultura tropical, quanto para outros setores da economia


A Covid-19 pode não ser tão letal para a fruticultura tropical, quanto para outros setores da economia. Apesar das projeções de recessão mundial, existe uma tendência de que, no Brasil, o setor caminhe para um cenário dos menos traumáticos nos próximos meses. Este assunto será detalhado por economistas da Embrapa em webinar sobre os impactos da Covid-19 na fruticultura tropical, no próximo dia 18 de junho, quinta-feira, às 14h.

O evento ocorrerá no canal da Embrapa no Youtube e contará com a participação de Ednilson Cabral, PhD. em Economia da Tecnologia e Inovação pela The University of Reading (UK); João Ricardo Ferreira de Lima, doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa e Gilmar Santos, Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Metodista de Piracicaba.

Em 2019, o Brasil ocupou a posição de terceiro maior produtor de frutas do mundo, logo após a China e a Índia. Figurou, também entre os 10 maiores exportadores mundiais com valor superior a US$ 1 bilhão, contra 980 milhões, em 2018, segundo o Ministério da Agricultura. As projeções para 2020 eram animadoras, não fosse a pandemia de  Covid-19 alterar todos os prognósticos  econômicos. 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma redução no PIB mundial em torno de 3,0% em 2020. Estudo do Euromonitor prevê uma queda de 5,2% nos gastos dos consumidores em 2020, em termos reais. Apenas em 2022, seriam recuperados os níveis de consumo de 2019. 

Conforme o pesquisador Ednilson Cabral, embora se desenhe uma recessão no horizonte, a fruticultura tropical poderá se enquadrar no cenário mais otimista entre as projeções realizadas pelos economistas para um futuro próximo. Fatores como a oferta de água e a abertura do mercado chinês para frutas como o melão, podem interferir positivamente na recuperação diante da crise. 

No caso específico do estado do Ceará, que é o terceiro maior produtor e segundo maior exportador de frutas da região Nordeste, a confirmação deste cenário está atrelada à solução do principal gargalo interno, a disponibilidade de água. O pesquisador explica que embora tenha se observado precipitações acima da média histórica em 2020, o nível das reservas hídricas continua crítico em algumas regiões produtoras. Um exemplo é o açude Castanhão, que está com aproximadamente 16% de sua capacidade, podendo impactar negativamente a produção. *Embrapa

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