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Melão, manga e uva impulsionam crescimento das exportações brasileiras de frutas em 2025

Segundo a Associação, outras frutas que contribuíram para o resultado positivo foram mamão (27,4 mil ton), abacate (19,5 mil ton) que apesar da queda de 11,17% no volume gerou US$ 38,3 milhões e maçã (13,1 13,1 mil ton)


As exportações brasileiras de frutas registraram sólido crescimento no primeiro semestre de 2025 , atingindo mais de 546 mil toneladas de frutas frescas e processadas embarcadas para o exterior.

Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), baseados na plataforma AgroStat/Mapa, isso representa um aumento de 27,17% em volume e de 12,58% em valor em relação ao mesmo período do ano passado, com faturamento superior a US$ 583 milhões.

O melão foi a fruta mais exportada , com mais de 118 mil toneladas e um crescimento de 19,74%, seguido de perto pelo limão (107 mil toneladas) e pela manga (quase 88 mil toneladas), detalhou a entidade.

Entre os produtos com as maiores taxas de crescimento está a melancia, com aproximadamente 74.000 toneladas exportadas, representando um aumento significativo de 75,93%. A banana também apresentou desempenho excepcional, com aumento de 97,27% em volume e 80,74% em valor, totalizando US$ 15,7 milhões. 

A variada pauta de exportação de frutas do Brasil - Segundo a Associação, outras frutas que contribuíram para o resultado positivo foram mamão (27,4 mil toneladas), abacate (19,5 mil toneladas) -que apesar da queda de 11,17% no volume gerou US$ 38,3 milhões- e maçã (13,1 mil toneladas), que aumentou em volume 42,17% e em valor 60%.

A uva merece destaque nas exportações de frutas , com crescimento de 106% em volume e 77,48% em valor , atingindo US$ 26,5 milhões em exportações.

"Esse desempenho é resultado do trabalho incansável dos nossos produtores e exportadores, que, mesmo com os desafios logísticos, climáticos e políticos, mantêm o Brasil como líder mundial em frutas tropicais", destacou Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas. 

Diversificação diante dos desafios globais - Embora o saldo seja positivo, o setor continua enfrentando riscos, incluindo a possível imposição de impostos sobre produtos agrícolas brasileiros pelos Estados Unidos, especialmente sobre três: manga, uva e frutas processadas , como o açaí. Em resposta, a estratégia do setor se concentra na diversificação de mercados e no fortalecimento das relações comerciais com outras regiões.

Desde 2023, o Brasil conquistou acesso a sete novos mercados para frutas como abacate, mamão, frutas cítricas e uvas, incluindo destinos estratégicos como Chile, Índia, Japão, Costa Rica e China. As negociações para abrir novas oportunidades comerciais para a exportação de frutas continuam ativas. *Portal Fruticola - 25/07/25.

"A missão da Abrafrutas é defender os interesses do setor, prestar apoio técnico aos produtores e promover a fruta brasileira no exterior. Apesar dos crescentes desafios, permanecemos firmes, comprometidos com a inovação, a sustentabilidade e o comércio livre. Nossa fruticultura é motivo de orgulho nacional", concluiu o presidente da Abrafrutas

Abrafrutas pede retirada imediata dos alimentos da lista do tarifaço norte-americano/A entidade alerta para os impactos nas exportações de frutas brasileiras A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) alerta para os graves impactos que a imposição de tarifas adicionais por parte dos Estados Unidos pode causar às exportações brasileiras de frutas, especialmente em três produtos como: manga, uva e frutas processadas, como o açaí.

Esses três itens representaram, em 2024, 90% do total exportado para os EUA, somando aproximadamente US$ 134,9 milhões. O valor total exportado de frutas brasileiras para os Estados Unidos no ano foi de US$ 148,3 milhões, o que equivale a 12% do faturamento total das exportações de frutas brasileiras. Em volume, os EUA absorveram cerca de 77 mil toneladas, o que corresponde a 7% do total exportado pelo país. A preocupação do setor, com base nesses números, é que esse volume significativo de frutas possa ser perdido caso as tarifas sejam mantidas, afetando diretamente produtores, cooperativas e toda a cadeia logística envolvida na exportação. 

Exportações brasileiras para os EUA em 2024: Mangas: US$ 45,8 milhões (13% do total da fruta) | 36,8 mil toneladas (14%); Frutas processadas: US$ 47,5 milhões (32%) | 18,8 mil toneladas (31%); Uvas: US$ 41,5 milhões (23,5%) | 13,8 mil toneladas (26,1%).

Apesar da apreensão do setor, a Abrafrutas esclarece que não há contêineres parados nos portos neste momento, já que a safra da manga, principal fruta exportada, ainda não começou a ser colhida. A previsão é de que a colheita tenha início na última semana de julho e início de agosto.

Ainda assim, o clima é de tensão entre os produtores e exportadores, que acompanham atentamente as negociações entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos. A expectativa é de que haja sensibilidade por parte das autoridades norte-americanas diante da natureza essencial dos alimentos. "Acreditamos que alimentos não podem entrar em disputas comerciais dessa natureza. Estamos pedindo com firmeza que os Estados Unidos retirem os alimentos da lista de tarifas adicionais, pois são itens essenciais à sobrevivência humana. Acreditamos que alimentos não podem entrar em disputas comerciais dessa natureza. Estamos pedindo com firmeza, que o governo negocie com os Estados Unidos a retirada dos alimentos da lista de tarifas adicionais, pois são itens essenciais à sobrevivência humana. Caso as tarifas sejam mantidas, nossos produtores sofrerão com perdas significativas, a população brasileira poderá sentir os reflexos no aumento do desemprego nas regiões produtoras, e os consumidores americanos acabarão pagando mais caro por produtos saudáveis como as frutas brasileiras", afirma o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho.

A Abrafrutas tem mantido diálogo constante com o governo federal e reforçado a necessidade de excluir os alimentos das medidas retaliatórias, garantindo a continuidade das exportações previstas para os EUA, destino estratégico para a fruticultura brasileira. A entidade segue empenhada na defesa do setor, da segurança alimentar e da manutenção dos empregos e investimentos gerados pela fruticultura nacional. 

Crescimento no primeiro semestre reforça importância do setor - Enquanto o setor vive esse momento de incerteza quanto ao mercado norte-americano, os dados recentes do primeiro semestre de 2025 revelam um cenário de forte expansão das exportações brasileiras de frutas. De acordo com levantamento da Abrafrutas com base na plataforma AgroStat/Mapa, o país exportou mais de 546 mil toneladas de frutas frescas e processadas, representando um aumento de 27,17% em volume e 12,58% em valor, em comparação com o mesmo período de 2024. O faturamento no semestre foi de US$ 583 milhões

Entre os destaques, estão: Melão: mais de 118 mil toneladas; Limão: cerca de 107 mil toneladas; Manga: quase 88 mil toneladas; Melancia: aproximadamente 74 mil toneladas; Banana: aproximadamente 44 mil toneladas; Mamão: 27,4 mil toneladas; Abacate: 19,5 mil toneladas; Maçã: 13,1 mil toneladas; Uva: 10,3 mil toneladas.

Diante dos resultados positivos, a expectativa do setor é de que o diálogo entre os governos seja construtivo, permitindo que o Brasil continue a avançar e bater recordes históricos ano após ano, como tem ocorrido. A fruticultura brasileira é referência internacional em qualidade, sustentabilidade e capacidade de abastecimento global, e deve seguir contribuindo com saúde, segurança alimentar e geração de renda para milhares de famílias no Brasil e no exterior. *Telma Martes/Comunicação Abrafrutas.

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