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Projeto mapeia produção de pêssegos no Brasil e dá dicas de como produzir e conduzir o plantio do fruto

Maior estado produtor é o RS, com produção de 110,2 mil ton, em 11,8 mil hectares. SP fica em segundo lugar, com 32,9 mil ton, em 1,5 mil hectares


Mapeamento conduzido pelo Projeto Meios¹ com dados por municípios, revela o mapa da produção de goiabas no Brasil em 2019. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, o Brasil foi responsável pela produção de 183,1 mil toneladas de pêssego, em cerca de 16 mil hectares colhidos.

O maior estado produtor é o Rio Grande do Sul, com produção de 110,2 mil toneladas, em 11,8 mil hectares. São Paulo fica em segundo lugar, com 32,9 mil toneladas, em 1,5 mil hectares. Na sequência, os maiores produtores são Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo. O Rio Grande do Sul principal produtor vem sofrendo baixas de produção há vários anos. De acordo com dados do IBGE, em 2019, o Rio Grande do Sul colheu 110.205 toneladas da fruta, 60% de toda a produção brasileira no ano. (183.132 toneladas). Já em 2018, a produção foi de 146.431 toneladas, quase 25% maior. Duas décadas atrás, em 2000, os pomares gaúchos produziam mais de 1 milhão de toneladas de pêssego. O pêssego é o fruto obtido do pessegueiro (Prunus persica), nativa da China e do sul da Ásia, tem flores roxas e folhas alternas e serreadas. O pessegueiro é uma árvore de difícil cultivo no Brasil, pois para que tenha um bom crescimento, precisa de temperaturas muito baixas durante o inverno. É uma frutífera exigente em tratos culturais intensivos e em cultivares adaptados ao clima local. Em São Paulo, a produção de pêssegos destinase ao consumo in natura, com grande tendência no cultivo de cultivares precoces.


Plantio: em julho e agosto; em recipientes: qualquer época, de preferência na estação das águas.


Espaçamento: 6 x 4m a 7 x 5m para plantios convencionais; 4 x 2m a 5 x 3m para plantios adensados.


Mudas Necessárias: 285 a 410 e 666 a 1.250/ha, de acordo com o espaçamento.


Controle de Erosão: Plantio em nível ou cortando as águas, patamares ou banquetas em terrenos declivosos, capinas em ruas alternadas; roçadeira no período das águas; cobertura morta do solo.

Calagem: De acordo com a análise de solo, aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 70%, distribuindo o corretivo por todo o terreno antes do plantio ou mesmo durante a exploração do pomar, incorporando-o através de aração e/ou gradagem.

Adubação de Plantio: Aplicar, por cova, 2kg de esterco de curral, bem curtido, 1kg de calcário magnesiano, 200g de P2O5 e 60 de K2O, pelo menos 30 dias antes do plantio. Em cobertura: a partir da brotação das mudas, aplicar ao redor da planta, 60g de N, em quatro parcelas de 15g, de dois em dois meses.


Adubação de Formação: Para plantios convencionais, de acordo com a análise do solo e por ano de idade, aplicar 60 a 120 g/planta de cada um dos nutrientes: N, P2O5 e K2O; o N em quatro parcelas, de dois em dois meses, a partir do início da brotação.


Adubação de Produção: No pomar adulto convencional, a partir do 5º ano, dependendo da análise do solo e da produtividade, aplicar anualmente 3 ton/ha de esterco de galinha, ou 15 ton/ha de esterco de curral, bem curtido, e 90 a 180 kg/ha de N, 20 a 120 kg/ha de P2O5 e 30 a 150 kg/ha de K2O. Após a colheita, distribuir esterco, fósforo e potássio, na dosagem anual, em coroa larga, acompanhando a projeção da copa no solo, e, em seguida, misturá-los com a terra da superfície. Dividir o nitrogênio em quatro parcelas, aplicadas em cobertura, de dois em dois meses, a partir do início da brotação.

Irrigação: Indispensável nas estiagens (por sulcos, gotejamento, em bacias ou aspersão); sua substituição parcial é feita por meio de cobertura morta, em áreas de adequado equilíbrio hídrico.

Outros Tratos Culturais: Capinas, podas de inverno e verão (desbrotas), desbate e ensacamento dos frutos (opcional, para proteção contra a moscadas-frutas). Herbicidas: glyphosate, paraquat, diquat, gluphosinate de amônio, atrazine. Colheita Setembro a Fevereiro, conforme o cultivar e a região; safras comerciais a partir do 2º ano de instalação do pomar: colheita manual de frutos no estádio de vez.

Produtividade Normal: 20 a 30 ton/ha de frutos, em pomares adultos racionalmente conduzidos e conforme o espaçamento.


1 - O Projeto Meios é uma organização de divulgação científica e consultoria, coordenada pelo Geógrafo, técnico Agrícola e pesquisador Esp. em Geoprocessamento Vitor Camacho. Atuamos no compartilhamento de informações e opiniões, utilizando dos recursos digitais mais atuais e muitos mapas (geotecnologias). Estamos nas mais diversas áreas como: planejamento, meio ambiente, sociedade, agroecologia, biologia, geografia, geopolítica, arquitetura e geotecnologias. Nosso contato é [email protected] e mídias sociais: @projetomeios (Facebook, Instagram e Twitter)

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