Tecnologia

Doutoranda da UCS desenvolve pesquisa para produzir plástico biodegradável

Material composto por algas marinhas e grafeno será o primeiro do mercado


Folha do polímero com grafeno

A estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos e Tecnologias (PGEPROTEC) da Universidade de Caxias do Sul (UCS) Júlia Daneluz desenvolve uma pesquisa que visa alcançar um resultado benéfico para a natureza, a produção de um polímero biodegradável. O material, um plástico que é desenvolvido em laboratório há cerca de dois anos, é composto por ágar, um derivado de algas marinhas. 

Para ganhar a resistência apresentada pelos produtos que derivam do petróleo, o material será acrescido de nanoplaquetas de grafeno. Com o avanço do trabalho, já foi solicitado o registro de patente da invenção. 

Júlia explica que a intenção é focar no uso do produto para o armazenamento de alimentos. Os testes realizados apontam um bom desempenho para esta finalidade, pois ele garante proteção contra umidade e microrganismos. "É muito gratificante quando a nossa profissão e a ciência que a gente faz todos os dias têm um alcance tão grande, um impacto tão importante no mundo e, consequentemente, nas pessoas", entusiasma-se a estudante.

A pesquisa é orientada pelos professores Camila Baldasso e Wendel Paulo Silvestre. A docente explica que os testes comprovam os benefícios ao meio ambiente. "O polímero de ágar se decompõe no solo entre 40 e 50 dias. O material feito de derivados do petróleo tem um tempo de decomposição indeterminada, que ultrapassa 100 anos", compara.

Os biopolímeros - Há versões desses materiais de decomposição mais rápida. Entre os compostos utilizados na fabricação de biopolímeros estão cascas de laranja, amido de milho, de batata, soro de leite e quitosana. O composto desenvolvido na UCS será o primeiro a base de ágar do mercado. *ACOM/Área de imprensa - Fone: (54) 3218.2486 - (54) 3218-2112

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