De olho na Mancha-marrom-de-Alternária na tangerina

Esta doença é provocada pelo fungo Alternaria alternata, que se multiplica em condições de alta temperatura e umidade relativa do ar

21/02/2017 16:44 / Atualizado em 21/02/2017 16:43

Foto: Ester Ferreira/Epamig

A safra mineira da tangerina Ponkan se aproxima e com ela a expectativa de uma boa comercialização. Este é um momento oportuno para identificar frutos contaminados pela Mancha-marrom-de-Alternária, principal doença fúngica nas plantações de tangerina, que apresenta manchas escuras envoltas por um círculo amarelado.

Esta doença é provocada pelo fungo Alternaria alternata, que se multiplica em condições de alta temperatura e umidade relativa do ar. Este fungo libera uma toxina chamada ACT que, uma vez instalada nos pomares, se dissemina entre as folhas e frutos, tornando o combate ao fungo cada vez mais difícil. Por isso, é recomendável que as práticas de manejo para controle da doença se iniciem com a chegada da estação chuvosa, que nas principais regiões de Minas Gerais, ocorre entre os meses de outubro e março.

De acordo com informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), a incidência da doença é mais comuns nas variedades ?Ponkan?, a mais produzida e comercializada, além da ?Murcote?, ?Dancy?, ?Fortuna? e ?Lee. A pesquisadora Ester Ferreira alerta que além da possibilidade de plantar cultivares resistentes a este fungo, existem práticas de manejo específicas para cada período do ano, como evitar excesso de adubação com Nitrogênio, realizar tratamento de inverno e pulverizar periodicamente com produtos químicos. Neste último, é recomendável realizar esse procedimento no início das brotações, no florescimento e frutificação, período em que os pomares estão vulneráveis à doença.

"É importante que o produtor esteja atento Circular Técnica "Mancha-marrom-de-Alternária em tangerineiras e seus híbridos" (nº 244), disponível no site da EPAMIG, no menu publicações.





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