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APPIBRAS realiza 1º Simpósio Brasileiro das Pitayas em dezembro

Boa para a saúde e uma ótima oportunidade de negócio, a pitaya ganha seu primeiro simpósio no país. O seminário terá a presença de especialistas renomados e tem o propósito de compartilhar conhecimento e incentivar a exp


Simpósio Brasileiro das Pitayas - A Associação dos Produtores de Pitayas do Brasil (Appibras) realiza no dia 14 de dezembro o 1º Simpósio Brasileiro das Pitayas. A conferência terá formato híbrido, sendo presencial, na cidade de Juazeiro na Bahia e, também, com transmissão online.

O objetivo do congresso é compartilhar conhecimento técnico sobre o cultivo da Pitaya, ou da chamada "fruta do dragão", uma fruta benéfica para a saúde, como aponta a ciência, e promissora economicamente, por demandar um baixo custo de investimento no cultivo e resultar em um alto valor de mercado.

Segundo o presidente da entidade, Afif Jawabri, o Brasil produz por ano de 5 a 8 mil toneladas. O cultivo está presente em todos os estados, com destaque para São Paulo, Pará, Santa Catarina, Minas Gerais e Ceará. O preço pago ao produtor pelo quilo da fruta pode mudar dependendo da época do ano e da demanda, mas varia entre 5 a 15 reais, sendo uma alternativa promissora para os produtores brasileiros.

O evento acontecerá em Juazeiro, na Bahia. A cidade está localizada no Vale do São Francisco, região conhecida nacionalmente por ser uma referência na produção de frutas e um pólo de exportação.

A região ainda conta com um Centro Nacional de Excelência na Fruticultura do Senar, sendo um local de difusão de conhecimento para os produtores. Além disso, "a aptidão climática e a localização estratégica na questão logística nos fez escolher a cidade de Juazeiro como sede do primeiro Simpósio da APPIBRAS", revela Eduardo José Garrido, diretor e associado - fundador da entidade.

Para os produtores interessados em entender mais sobre o cultivo da "fruta do dragão", a dica é colocar na agenda o 1º Simpósio Brasileiro das Pitayas, que acontece no dia 14 de dezembro. As inscrições para o formato presencial ou online podem ser feitas pelo link (https://www.sympla.com.br/1-simposio-brasileiro-das-pitayas__1410267) e o valor do ingresso é de R$ 50,00 no primeiro lote e, o segundo lote, será de R$ 70,00.  Os associados da APPIBRAS não pagam o ingresso.

A fruta do dragão conta com um grande entusiasta e especialista no país. Fundador e diretor técnico da APPIBRAS, Dejalmo Prestes é doutor em Ciências e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e conhecido no meio como "Professor Pitaya". Ele presta consultorias a pequenos e grandes produtores, seja presencialmente ou online, com dicas no YouTube. O especialista faz questão de convidar a todos "pitayar" com ele.

A pitaya é nativa da América Central e das Américas começou a ser cultivada em território nacional há 20 anos. Nos últimos anos, com a busca por uma alimentação mais saudável, aumentou a demanda por frutas e o mercado pelas consideradas exóticas ganhou um impulso, como aponta a pesquisa de Mariana Larrondo Bicca, co-orientanda do professor Dejalmo Prestes no doutorado da UFPEL. "Neste contexto, a pitaya vem sendo procurada pelo exotismo de sua aparência e também por suas características organolépticas (características que podem ser percebidas pelos sentidos humanos)".

O "Professor Pitaya" conta que a fruta por apresentar um fácil manejo agronômico e "uma alta viabilidade econômica" tem atraído pequenos e grandes produtores. Entretanto, Prestes reforça que a pitaya não é uma cultura "tão rústica". Ela requer cuidados específicos que precisam ser realizados por profissionais especializados.

As plantas de pitaya precisam de um ambiente radicular rico em matéria orgânica e podem ser utilizados diversos adubos orgânicos, como esterco de gado, restos de cultura e adubação verde.

De acordo com o estudo científico de Mariana Larrondo Bicca, recomenda-se realizar antes do plantio "uma aplicação de calcário dolomítico (Ca e Mg) para diminuir a acidez e fornecer cálcio e magnésio às plantas, juntamente com adubo fosfatado, obedecendo à avaliação da análise do solo, e misturar ao solo. Como as raízes da pitayeira são superficiais, o entorno da planta deve ser mantido com uma cobertura morta para evitar o crescimento de mato e proteger as mesmas contra o ressecamento, e assim, fornecer um equilíbrio térmico".

Com relação ao investimento necessário para começar a cultivar a pitaya, o professor relata que o "custo inicial só é mais caro, pela aquisição de mudas e dos tutores, mas nas frutíferas, comparando área, é uma das frutas com maior rentabilidade".

Por ser uma fruta de clima tropical, a pitaya está sendo cultivada em todos os estados brasileiros e se adapta bem ao clima temperado. "Hoje nós temos um trabalho muito forte do doutor Fábio Faleiro na criação de novas variedades, ele é pesquisador da Embrapa responsável pelo desenvolvimento de 5 variedades de pitaya, estive com ele em setembro, e ele está muito entusiasmado com o lançamento (das variedades) em breve", relata.

Com todas as características e possibilidades, o professor volta a ressaltar que o pequeno produtor que "queira explorar potencial produtivo e, logicamente, econômico da pitaya, deverá estar com um profissional devidamente habilitado. Um engenheiro agrônomo e um bom técnico para que acompanhe o seu plantio é o caminho para viabilizar o plantio."

A dica também vale para os grandes produtores para que o resultado da colheita traga produtividade e rentabilidade.

Programação - 14/12

09h - Abertura:

09h20 - Palestra: "A importância do associativismo para o desenvolvimento e defesa do mercado." Palestrante: Afif Jawabri. Presidente da APPIBRAS, engenheiro agrônomo e produtor de Pitayas.

10h - Palestra: "Estratégias para o cultivo de pitaya sob alta radiação solar e alta temperatura" Palestrante Dra. Milena de Oliveira. Pós-doutoranda em Ben-Gurion University of the Negev - Israel. Doutora em Agronomia/Fitotecnia pela Federal do Ceará.

10h40 - Palestra: "Produção de pitayas na entressafra com iluminação artificial". Palestrante: Aldenicio Lino. Técnico em agropecuária, Bacharel em Administração. Gestor e consultor - Angola e Brasil. 11h20 - Palestra:"Pesquisa, desenvolvimento e inovação das pitayas na Embrapa Cerrados" Palestrante: Fábio Faleiro. Pesquisador da EMBRAPA. Pós-doutor em Genética e Biotecnologia pela Universidade da Flórida -USA.

12h - 13h30 - Intervalo para Almoço;

13h40 - Palestra: "O Mercado Interno de pitayas". Palestrante: Alberto Sawada. Empreendedor Rural, comerciante, youtuber e tecnólogo em marketing.

14h20 - Palestra: "A tecnologia de vendas para exportações" Palestrantes: Thiago Carvalho. CEO do Organicano.org. e Mr.Stephen Capano - USA. Sócio da Tectrix.info. Especialista em marketing.

15h - Palestra "Certificação e Exportação". Palestrante: Dr. José Roberto Macedo Fontes. Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa.

15h40 às 17h - Perguntas e interação entre os palestrantes

17h - Encerramento

Serviço:

1º Simpósio Brasileiro das Pitayas

14 de dezembro das 09 às 17h - Evento híbrido

Presencial: Centro de Excelência em Fruticultura Senar de Juazeiro-BA

Endereço: Loteamento Centro Industrial São Francisco, n. º 992, lote 12 a 15, quadras Q - I - D, João Paulo II - Juazeiro-BA

On-line: Pelo Sympla/Zoom

Inscrições: Primeiro lote R$ 50,00/Segundo lote: R$ 70,00 -  Simpósio Brasileiro das Pitayas

*Portal Contexto

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