A Estação Experimental da Epagri de São Joaquim promoveu nos dias 06 e 13 de junho dois eventos de dias de campo sobre manejo de plantas sobre poda e condução da macieira, importante trato cultural nesta cultura, participaram agrônomos, técnicos agropecuários, fruticultores e seus colaboradores.
O evento foi aberto pelo gerente da unidade Eng. Agr. Esp. Marcelo Cruz de Liz que destacou a importância deste manejo fundamental na cultura da macieira, pois realizando-se corretamente leva o equilíbrio entre a parte vegetativa e produtiva das plantas, proporcionando boa formação de órgãos frutíferos, de forma a termos plantas com arquitetura mais compactas, menos vigorosas, mais eficientes na captação de radiação solar, que facilitem e maximizem a mão de obra, podendo proporcionar pomares mais adensados, com maior produtividade e principalmente com maior qualidade de frutos, sempre diferenciando o manejo das plantas conforme a densidade de plantio e o porta enxerto utilizado.
O importante é termos pessoas bem treinadas e capacitadas para realizar este trato cultural que podem proporcionar ganhos técnicos no pomar, que refletirão na gestão de toda propriedade, agregando valor a produção com geração de renda, fruticultores mais evoluídos, atualizados e competitivos, tornando a fruticultura temperada mais profissional com uso de novas tecnologias, conhecimento e informações.
O pesquisador Eng. Agr. M. Sc. palestrante José Masanori Katsurayama, repassou algumas informações e resultados de pesquisa sobre a importância do correto manejo das plantas de macieira, visando maior produtividade e principalmente maior qualidade de frutos. O mesmo explanou na questão da lei de mercado de oferta e procura, isto é, com uma produção maior como desta safra, temos que pensar sempre em melhorar a qualidade dos frutos, pois conforme os índices de classificação das categorias CAT II e III podemos ter toda a rentabilidade comprometida do pomar, conforme demonstrado na reunião, já que as produções vêm aumentando, o consumo contínua estável e o mercado brasileiro com dificuldades de comercialização.
Comentou-se sobre a questão da gestão do pomar com maior eficiência e eficácia da mão de obra, com fruticultores e colaboradores ou empreiteiros bem treinados e com conhecimento técnico e fisiológico básicos, para executar esta tarefa no pomar, importante analisar as das plantas e das gemas, da variedade e do porta enxerto, da produtividade, da adubação e nutrição, do vigor das plantas, enfim de todo histórico do pomar, com acompanhamento técnico com números, dados e informações para a correta tomada de decisões.
Mostrou-se os resultados de pesquisa, com o aumento da densidade de plantio, aumentava-se a produtividade por unidade de área, de forma a termos a maximização da qualidade de frutos com a produtividade do pomar, cada planta com sua capacidade produtiva para atingir no mínimo um potencial produtivo de 50/ton/hectare até produções maiores, nos primeiros seis anos de implantação, chegando a aproximadamente 140,0 toneladas acumuladas nos primeiros seis anos. O importante é termos pomares com rentabilidade econômica e frutas com qualidade para podermos em pouco tempo recuperar o investimento realizado.
A poda deve ser realizada de forma a retirar ramos muito fortes que estejam competindo com líder central e ramos laterais fortes, formando ramos frutíferos produtivos e bem equilibrados, buscando uma boa abertura de ramos de forma a não haver competição e reduzir o vigor das plantas, principalmente no caso de pomares mais adensados com uso de porta enxerto Marubakaido mais vigoroso, no caso de porta enxertos menos vigorosos como M-9 e Marubakaido com filtro ou M-9 a poda é mais leve e mais fácil o controle do vigor.
O importante independente da densidade que o fruticultor irá utilizar é saber como irá manejar o pomar seja com líder central, tall spindle ou outro sistema de condução. Usando o correto manejo de plantas com poda e condução na época certa, uso de reguladores de crescimento se for necessário, anelamento das plantas, adubações e nutrição, podemos obter plantas bem equilibradas. Resultando em pomares produtivos, que proporcionem frutos de qualidade, associado ao uso de cultivares de clones mais coloridas ou resistentes e porta enxertos mais adequados a cada situação, teremos uma fruticultura mais rentável e competitivas nas pequenas e médias propriedades da região e famílias com maior qualidade de vida no meio rural.