Noventa e quatro trabalhos científicos de estudantes universitários foram expostos nos dois dias do 1º Simpósio Brasil Sul de Fruticultura, realizado no Parque da EFAPI em Chapecó. O evento, que integrou a programação da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, foi uma promoção do SEBRAE/SC, ACACITROS, AEAGRO, EPAGRI, EMATER/RS, UNOESC, UNOCHAPECÓ, UFFS, e UTFPR ? Campus Pato Branco. Participaram mais de 700 pessoas entre estudantes, técnicos, produtores e representantes de entidades do segmento.
O engenheiro agrônomo e coordenador geral do simpósio Daniel Borsói ressalta que a exposição superou as expectativas. ?Nossa meta era apresentar 50 resumos científicos, mas o número de inscrições foi bem superior ao esperado. Tivemos trabalhos de estudantes da UFFS, Unoesc Xanxerê, Unochapecó, Udesc Lages, Emater/RS, UFSM, UFPEL, além de pesquisas da Epagri e trabalhos de duas universidades da Bolívia, entre outras instituições?.
A engenheira agrônoma e mestranda do Programa de Ciência e Tecnologia Ambiental da UFFS, Scheila Lucia Ecker, é uma das autoras do trabalho ?Produtividade de figo em função do manejo da cobertura do solo?. O experimento foi conduzido em pomar de figueira e permitiu avaliar a safra 2013/2014 no município de São Domingos.
As exportações brasileiras de frutas frescas para a safra 2014 alcançaram 672.995.049 kg, tendo a cultura do figo como a 12ª em volume de exportação com 1.346.981 kg. ?As plantas de cobertura impedem a perda de nutrientes e contribuem para a manutenção ou melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo. Dessa forma, o objetivo foi avaliar técnicas de manejo da cobertura do solo em pomar de figueira, visando elevar a produtividade dos frutos?, explicou Scheila.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com repetições e, para cobertura de solo, foi usado um consórcio com três espécies de forrageiras de inverno. Os tratamentos incluíram manutenção da cobertura, capina, acamamento e roçada. ?A conclusão do trabalho indicou maior teor de umidade no solo e, consequentemente, maiores produtividades?, finalizou Scheila.