A Rota das Frutas RIDE-DF (Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal), que engloba o DF e 33 municípios de Minas Gerais e Goiás, está no Peru para realizar uma visita técnica. O objetivo da visita são as trocas de experiências e informações sobre a produção de mirtilo do país vizinho, estabelecer contatos, conhecer e aprimorar técnicas de produção, e prospectar parcerias comerciais. Até 2025, a Rota prevê que seja produzido R$ 100 milhões em valor bruto de produção com o mirtilo nos três estados envolvidos.
A comitiva brasileira encontrará representantes do governo local e empresários do setor de mudas e produção de mirtilo, além de realizar visitas a centros de pesquisas e desenvolvimento de novas variedades. A agenda faz parte de uma série de viagens internacionais que visam fortalecer e divulgar o novo polo de berries do Brasil. ?Até 2030, pretendemos implantar um dos maiores pomares de mirtilo do país, gerando cerca de 10 empregos por hectare. Nossa expectativa para os próximos sete anos é que se atinja a meta de plantio de 63 milhões de mudas de mirtilo?, diz Luiz Curado, coordenador da Rota das Frutas.
A viagem começou com uma recepção promovida pelo governador de San Vicente de Cañete, José Tomás Alcántara Maláquez, seguida de uma visita para conhecer os trabalhos e pesquisas na Universidade Nacional de Cañete sobre cultura de tecidos, tecnologias e controle biológico de doenças e pragas. Ainda serão realizados uma série de encontros com empresários e produtores para troca de experiência e projetos, com visitas a propriedades de mirtilos para entender o processo produtivo peruano.
A escolha do Peru não é à toa. O país é um exemplo de produção bem-sucedida de blueberries, possuindo um mercado consolidado, já que experimentou um crescimento explosivo de mirtilo em menos de uma década, crescendo de 70 hectares plantados em 2012 para cerca de 14.000 hectares até 2020.
Há três anos, já era matéria na sua RF, a produção de mirtilos e novas técnicas de produção do mirtilo no Cerrado brasileiro
A Rota - A Rota das Frutas RIDE-DF está em sua terceira fase. O projeto organiza a cadeia produtiva da fruta, incluindo produtores rurais, grupos comerciais, associações, cooperativas, setor público, governos estaduais, distribuidores, setores de logística, armazenamento, embalagens, entre outros. Com isso, promove estratégias de aumento da produção e do fornecimento de frutas para mercados internos e externos, geração de emprego e riqueza, intercâmbio de experiências e tecnologias e diversificação de culturas.
Nas etapas um e dois da Rota das Frutas, foram realizadas 12 reuniões de mobilização com grupos variados, incluindo produtores de frutas e hortaliças; sementes e viveiristas; indústria de embalagens e insumos; mercado varejista e atacado; cooperativas e associações. ?Temos agora, nova mentalidade de produção, focada na venda para a produção, na certificação e no manejo adequado. Tudo isso com profissionalização, como a rastreabilidade, e a adequação de embalagens?, destaca Curado.
O projeto conta com a parceria do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Governo do Distrito Federal (GDF), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - por meio da Embrapa Cerrados, que dá suporte em soluções de inovação à criação do novo Polo, com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-DF), Organização das Cooperativas do Distrito Federal (OCDF), Goiás e MG; e Governos do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. A viagem teve apoio da Embaixada do Brasil em Lima. *Assessoria de Imprensa Catarina Boechat