Tarde de Campo trata de temas de grande importância atual para a cultura do morangueiro em substrato

Complementando os demais assuntos, o extensionista da Emater/RS-Ascar, Luciano Ilha, abordou o tema da fertirrigação e sanidade das plantas, explicand

28/08/2016 00:00
Tarde de Campo trata de temas de grande importância atual para a cultura do morangueiro em substrato

A Tarde de Campo sobre Cultivo do Morangueiro em Substrato, realizada nesta quinta-feira (18/08), na propriedade da família de Luis Cesar Augsten, na Linha Ávila, em Gramado, reuniu cerca de 90 agricultores do município e também de Canela, Picada Café e Nova Petrópolis, que já se dedicam ao cultivo do morangueiro. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar e abordou temas de grande importância atual para a cultura, distribuídos em três estações técnicas.

O pesquisador da Embrapa CNPUV/EEFCT-Vacaria, Regis Sivori, tratou do tema biologia e controle da Drosophila suzukii, praga que vem se alastrando pelo mundo inteiro. No Brasil, ela foi detectada primeiramente em Vacaria, em 2014. A mosca minúscula, de origem asiática, causa problemas sérios no morango e em outras frutas, pois as larvas que nascem dos ovos que ela coloca nas frutas consomem a polpa, deixando-as com aspecto amolecido. O pesquisador explicou sobre o ciclo de vida do inseto, danos, ataque em conjunto (com outras espécies associadas), monitoramento e estratégias de controle.

De acordo com Sivori, como no Brasil não há nenhum produto registrado para o controle da praga, a principal estratégia é o manejo cultural, com medidas como evitar danos que gerem abertura na casca dos frutos, intensificar a colheita, realizar a limpeza contínua das plantas e coletar frutos imprestáveis e eliminá-los dos pomares. Com relação ao monitoramento, ele apresentou uma armadilha que pode ser feita em casa, com garrafa Pet, e a solução para atrair insetos adultos testada e recomendada pela Embrapa, feita à base de fermento biológico, açúcar e água, bem como os resultados do uso de produtos utilizados nos Estados Unidos (individualmente e misturados com a solução atrativa). Ele explicou ainda sobre o monitoramento de larvas, por meio de solução salina.

Em outra estação, o extensionista da Emater/RS-Ascar, Alexandre Meneguzzo, apresentou os substratos disponíveis para cultivo do morangueiro, sendo que no RS, devido à produção de arroz, as cascas de arroz de vários tipos são o principal material orgânico utilizado, juntamente com outros. Meneguzzo ressaltou que o substrato precisa ser leve e com alta capacidade de drenagem, evitando assim o acúmulo de umidade, que é uma das principais causas de surgimento de doenças nas plantas, além de estar na porcentagem adequada.

Complementando os demais assuntos, o extensionista da Emater/RS-Ascar, Luciano Ilha, abordou o tema da fertirrigação e sanidade das plantas, explicando sobre os problemas ocasionados pela falta ou excesso de adubação ou de água nas plantas e os efeitos fisiológicos, bem como o manejo que deve ser adotado.

Segundo Ilha, a cultura requer o uso de soluções nutritivas completas e nas proporções adequadas. Conforme o agrônomo, na prática o substrato não é inerte, por isso é necessário o manejo para evitar problemas como o excesso de sais originários dos materiais, que pode causar danos. Isso pode ser resolvido lavando o substrato antes de realizar o plantio e se assegurando de que a condutividade elétrica no plantio esteja abaixo de 1mS/cm.

Outro problema comum, segundo ele, é o pH do substrato, que geralmente é alto (acima de 8), fazendo com que os micronutrientes, como o ferro, não consigam ser absorvidos pela planta. Nesse caso, como o pH ideal no substrato é de 5,5, recomenda-se formular a solução nutritiva escolhendo adubos que baixam o pH, e também fazer um complemento foliar com a solução dos micronutrientes.

"Para trabalhar minimamente certo, o produtor tem que monitorar a adubação, medir a condutividade elétrica", salientou. Ele explicou onde e como medir a condutividade elétrica, fazendo esse e outros registros importantes para o manejo e equilíbrio nutricional das plantas.

* Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul - Jornalista Rejane Paludo - repal@emater.tche.br

 





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