Controle da Seca-da-mangueira (Ceratocystis fimbriata). Quando presente no solo, o fungo ataca as raízes das mangueiras - das jovens às mais velhas, até mesmo as centenárias - A Seca-da-Mangueira é uma doença fúngica causada pelo Ceratocystis fimbriata. Segundo os especialistas da FRUPEX, UFV e Embrapa e professores do Curso a Distância CPT Produção de Manga, disponível nos formatos em Livro+DVD e Online, quando presente no solo, o fungo ataca as raízes das mangueiras - das jovens às mais velhas, até mesmo as centenárias. Com isso, o fluxo da seiva é bloqueado e não segue para folhas, galhos e copa da árvore. Como consequência, toda a planta murcha e seca - o que abre uma porta de entrada para outra infestação - besourinhos no tronco da mangueira.
Como vimos, além de transmitida pelo fungo Ceratocystis, outro agente (inseto) pode infectar as árvores no pomar. Nesse caso, a infestação inicia no alto da copa, e não na raiz. Gradativamente, a doença desce - dos galhos mais finos, para os mais grossos - indo até o tronco. Se a raiz estiver fraca, esta também é contaminada. Por outro lado, uma raiz sadia consegue sobreviver ao ataque - mas é preciso cortar e queimar galhos e folhas infectados da mangueira.
É possível analisar o grau de infecção da mangueira por meio da análise de um pedaço do ramo da planta. Ramos doentes apresentam coloração marrom; já os sadios, cor amarelada. É importante destacar que, em locais onde houve a infestação, mesmo que o fungo já tenha sido erradicado, é recomendado o plantio de cultivares de manga resistentes ao Ceratocystis (IAC 104 Dura ou Manila). Detalhes dos sintomas:
Seca gradativa - dos ramos mais finos do dossel até o tronco da mangueira; Amarelecimento de folhas, murcha e seca dos galhos doentes; Folhas secas, com cor palha, presas - diferem dos galhos sadios do dossel da mangueira; Estrias escuras - da medula até o exterior do lenho (ou da periferia do lenho até a medula); Anelamento e a morte da mangueira.
Medidas de controle:
Eliminar folhas, ramos e galhos secos do solo e das plantas do pomar; Eliminar hospedeiros naturais - como a broca-da-mangueira, H. mangiferae; Eliminar o solo contaminado aderido aos implementos agrícolas; Eliminar mudas contaminadas pelo Ceratocystis; Adquirir mudas de viveiristas idôneos - registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Eliminar ramos doentes - com cortes a 40 cm de distância da região de contraste entre tecido sadio e doente; Queimar restos culturais e plantas mortas pela doença; Desinfetar as regiões podadas e cortadas com pasta cúprica; Desinfetar as ferramentas e utensílios utilizados na remoção de ramos e partes de plantas afetadas - com solução de hipoclorito de sódio a 2% de cloro ativo; Escolher cultivares de manga resistentes ao fungo Ceratocystis fimbriata - como IAC 101 Coquinho, IAC 102 Touro, IAC 103 Espada Vermelha, Tommy Atkins e outras. *Embrapa.