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Desafios agronômicos da manga mexicana

Em Nayarit, essas áreas produziram 12 a 14 ton/ha e ultimamente os rendimentos diminuíram para 4 no máximo 9 ton/ha neste tipo de produção de sequeiro


A indústria da manga no México enfrenta desafios e desafios agronômicos como as mudanças climáticas, a falta e a busca de novas variedades, aspectos que são analisados ??com a dra. María Hilda Pérez Barraza, Doutora em Engenharia Agrícola e Pesquisadora do INIFAP (Instituto Nacional de Pesquisa Florestal, Agrícola e Pecuária) do México.

Principais desafios - Como explica a dra. María Hilda, "os principais desafios são as mudanças climáticas, que nos últimos 10 anos se apresentaram com secas severas afetando seriamente as áreas que produzem mangas sazonais, em anos posteriores em Nayarit, essas áreas produziram 12 a 14 toneladas /ha e ultimamente os rendimentos diminuíram para 4 no máximo 9 toneladas/ha neste tipo de produção de sequeiro. A falta de água faz com que um conjunto baixo de frutos ou frutos muito pequenos que não atingem o tamanho ou para o mercado nacional. Da mesma forma, anos com ausência de baixas temperaturas (< 20°C) durante o processo de diferenciação floral causam florações irregulares ou não, afetando seriamente a produtividade da cultura e os bolsos dos produtores. Essas condições estão se tornando mais frequentes.

Abastecimento de água e bioinsumos - Sobre a questão hídrica, nossa entrevistada comenta que "nossos pomares são basicamente sazonais, dependem da chuva e, devido às mudanças climáticas, não é mais tão lucrativo depender da chuva. Temos muita chuva em Nayarit, mas é preciso saber como capturá-la, como distribuí-la e como levá-la aos pomares."

Além disso, ela acrescenta que "o outro seria limpar nossos solos, por meio de bioinsumos, e também aplicar a tecnologia que foi gerada de forma integrada".

Melhorias na manga mexicana - Em relação às melhorias agronômicas da manga mexicana, nossa entrevistada aponta que "a qualidade e o rendimento podem ser muito melhorados, o que ultimamente tem sido muito afetado pelas condições climáticas. Também podemos melhorar o tamanho, os calibres, e também ter novas opções, se trouxermos novas variedades, pois as que temos, o mercado muitas vezes é muito variável, e exige variedades, por exemplo, sem fibra. Você tem que ter aquelas variedades que contêm pouca ou nenhuma fibra, e ter uma grande variedade de variedades que o mercado exige. Aplicar essa tecnologia para que tenhamos a qualidade necessária, que produzamos frutas saudáveis, inofensivas, orgânicas, por que não? Mas temos que melhorar muito a tecnologia para aplicar em nossos pomares".

Manga orgânica - Além disso, em relação às mangas orgânicas, ela destaca que "acho que as perspectivas de mercado são muito boas para mangas orgânicas, mas infelizmente no México, pelo menos em Nayarit, ainda estamos em sua infância ou apenas começando, embora seja verdade que já existe um grupo interessado e se somam cada vez mais produtores que querem ter esse tipo de produção, sem produtos químicos. Acho que a transição seria um pouco lenta, mas temos que ir por aqui, essa é a tendência. Temos que dar esse passo."

Banco de variedades nativas de manga - No mesmo contexto, o nossa entrevistada considera que seria muito positivo o sector ter um banco de variedades autóctones e acrescenta que "temos materiais autóctones que valem a pena cuidar, que os conservamos, muitos deles podem ser um boa variedade ou mesmo que não sejam, podem servir como porta-enxertos ou até porque não usá-los como interenxertos, que seria um material que ficaria entre o porta-enxerto e a variedade, e isso torna nossas árvores menores e podemos aumentar a densidade de árvores por hectare. Temos vários materiais desse tipo que estamos perdendo, então temos que conservá-los e fazer o que for necessário para não perdê-los, pois é muito valioso para os produtores e pode ajudar muito a indústria da manga."

Futuro da produção mexicana de manga - Falando sobre o futuro agronômico da manga mexicana, a Dra. María Hilda comenta que "em Nayarit e eu acredito em geral nas áreas produtoras de manga no México, para melhorar os solos dos pomares, alternativas com bioinsumos devem ser buscadas e o manejo práticas utilizadas para recuperar a fertilidade e a saúde do solo e também ajudar a reduzir a poluição ambiental.

Além disso, nossa entrevistada comenta que "a demanda por produtos seguros e orgânicos está cada vez mais forte, por isso deve ser produzido em resposta a essa demanda, porque eles também têm um prêmio, acima de todos os produtos orgânicos, mas não se esqueça que um produto seguro tem mais possibilidades de ser exportado".

Procura por novas variedades - "Por outro lado, no México temos as mesmas variedades há mais de 50 anos e estas são cada vez mais vulneráveis ??às mudanças climáticas, por isso há uma necessidade urgente de estudos de novas variedades que sejam mais resistentes ao clima e com batedores de carteira que o internacional demandas do mercado como nacional", destaca a Dra. María Hilda Pérez. * Francisco Seva Rivadulla. Jornalista Agroalimentar Internacional/PortalFruticola.com

 

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