Com quatro lagares (locais de produção de azeite) construídos ao longo de 2022 e mais dois em construção, o Estado deve aumentar o número de lagares de 11 para 17 em 2023, com um investimento de R$ 150 milhões dos olivicultores, de acordo com o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva). Segundo o presidente do instituto, Renato Fernandes, há 20 anos o setor está investindo, com um montante acumulado que chega a quase R$ 1 bilhão.
Esses investimentos têm retorno de médio a longo prazo, como afirma Fernandes. ?Não se pode pensar em menos de 10 anos para se ter o retorno, no entanto, a partir de sua instalação, um lagar já começa a gerar renda para o trabalhador, começa a gerar divisas para o município e para o Estado?, diz. Agora os investimentos estão concentrados na colheita, na qual cerca de 5 mil pessoas trabalham em todo o Estado. De acordo com Fernandes, a média para mão de obra na colheita é de um trabalhador por hectare.
O Ibraoliva também tem trabalhado para aumentar a demanda pelos produtos, com a expectativa de aumento de produção. ?Nós temos informações de que mais de 90% dos azeites na prateleira estão fora de classificação, são azeites virgens e não azeites extra virgens, então a nossa campanha lançada na abertura da colheita deixa bem claro: azeite virgem não é azeite extravirgem, então buscamos o esclarecimento do consumidor, buscamos defendê-lo desse engano, de estar levando gato por lebre?, afirma.
?Estamos no terceiro ano de aumento da produção de azeite, estamos com uma produção maior que na safra passada e com chance de termos uma supersafra no ano de 2023 e isso pro estado é importante, porque todo o estado passou pelo problema da estiagem e nós da olivicultura estamos passando livres desse problema, isso indica que os órgãos competentes devam olhar para esse problema com muito carinho?, completa