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Tecnologias para a citricultura são temas de Dia de Campo em Montenegro

Com o apoio da Emater/RS-Ascar, acessou linha de crédito específica do Pronaf para a implantação de bombas, canos e outros, que dão segurança na hora de produzir


A propriedade da família Viegas, da localidade de Calafate, em Montenegro, foi o local de uma tarde de campo sobre tecnologias voltadas à produção de citros. Realizada na última sexta-feira (29/04), a atividade organizada pela Emater/RS-Ascar em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado contou com três estações em que foram discutidos temas, como, reservação de água, irrigação, manejo de solos e controle da gomose, além de um espaço destinado a explicar o funcionamento de uma pequena estação meteorológica que há no local. 

Anfitrião da tarde, Fabiano Viegas foi enfático ao afirmar que "fruta boa se vende sozinha". A frase tem a ver com o fato de a família - complementada pela esposa Patrícia e pela mãe Vera, além de dois filhos -, ter uma ampla tradição na produção de bergamotas e laranjas, com investimentos permanentes que foram, com o passar das décadas, melhorando não apenas a produtividade, mas também a aparência e o sabor dos frutos. "A gente produz citros desde os anos 40, sendo que a atividade iniciou com o meu avô levando as frutas de casa em casa", recorda o agricultor. 

Foi mais adiante que a família, que é natural de Pareci Novo foi adquirindo terras, comprando equipamentos e adquirindo conhecimentos na busca constante pela entrega de bergamotas e laranjas saudáveis para o consumidor. Com uma área plantada de 18 hectares das variedades Caí, Pareci, Ponkan, Morgote e Montenegrina, além da Laranja do Céu, os Viegas conseguem efetuar a entrega para a Ceasa/RS durante boa parte do ano. A produtividade atual tem a ver com investimentos como a irrigação por aspersão. "Especialmente nesses últimos três anos, de forte estiagem, tivemos a possibilidade de ter safra boa com oferta de água", explica. 

Durante o dia de campo, Fabiano esteve ao lado do extensionista da Emater/RS-Ascar Marcelo Brandoli, além de representantes da empresa Asteagro, destacando a importância de um sistema de captação de água a partir dos açudes, o que garante uma média de 40 toneladas de produção por hectare. "Na realidade eu fui me dar conta da importância de reservar água para os tempos de seca quando precisei pedir emprestado o sistema de irrigação de um vizinho para não ter uma perda maior", comenta Fabiano, sobre a forte estiagem que afetou o Vale do Caí - e o Estado como um todo - em 2019. 

Com o apoio da Emater/RS-Ascar, acessou linha de crédito específica do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para a implantação de bombas, canos e outros, que dão segurança na hora de produzir. "Não é um investimento tão alto e que 'se paga' rapidamente", avalia. Na mesma estação, Brandoli destacou também as políticas públicas disponíveis no setor, caso do Programa Avançar na Agropecuária que, por meio do eixo estratégico Irriga+RS possibilitará a construção de estruturas de armazenamento para usos em irrigação em propriedades e também para a dessedentação animal. 

Divididos em três grupos, os cerca de 100 produtores que participaram do evento, também conheceram formas de prevenção, identificação e controle da gomose - doença fúngica que afeta os pomares -, além da importância do manejo conservacionista do solo, com a utilização de plantas de cobertura que auxiliam na retenção de água e num maior equilíbrio de nutrientes - em estação apresentada pelos extensionistas Luísa Leopolt Campos e Marcos Schafer. Já o espaço sobre a estação meteorológica, apresentado por representantes da empresa Elysios, destacou uma tecnologia que permite se antecipar na obtenção de informações como umidade relativa do ar, temperatura, pressão atmosférica, velocidade e direção do vento e umidade do solo, entre outros. 

Acompanhada por autoridades como o gerente adjunto da Emater/RS-Ascar Carlos Lagemann, o secretário de Agricultura de Montenegro Ernesto Kasper e o analista de projetos do Sebrae/RS Júnior Utzig, a atividade contou ainda com o apoio da cooperativa Sicredi, Câmara Regional de Citricultura, Associação da Citricultura do Vale do Rio Caí (Acvarc), além das outras empresas já citadas. Em sua manifestação, Lagemann reforçou justamente a importância do trabalho em parceria. "Na busca por economia, no desafio de produzir a cada dia mais e melhor, certamente não se faz nada sozinho", comentou. "E nesse sentido parabenizamos a todos os envolvidos", finalizou. 

*Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Lajeado  - Jornalista Tiago Bald - [email protected] 

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