Tudo sobre cultivo de fruta-do-conde, condessa ou atemoia

A colheita da fruta-do-conde, condessa ou atemoia ocorre 100 dias após o florescimento das anonas

06/02/2023 18:00
Tudo sobre cultivo de fruta-do-conde, condessa ou atemoia

A espécie Annona squamosa, conhecida como fruta-do-conde, apresenta fruto com numerosas protuberâncias. Sua polpa é doce, branca ou creme. Já a espécie Annona reticulata, chamada popularmente de condessa, possui fruto grande, com casca lisa, polpa creme e ligeiramente doce. Quanto ao híbrido Annona cherimolia x Annona squamosa, denominada atemoia, ele produz fruto com casca pouco rugosa.

Cultivares - As cultivares de anonas mais produzidas no Brasil são a Gefner, que apresenta maturação média, mas é muito produtiva e aceita muito bem as podas de verão; a African Pride, que apresenta frutificação tardia; e a Bradley, que é precoce, mas suscetível a rachaduras.

Temperatura e solo - A fruta-do-conde, condessa ou atemoia se desenvolve nas mais diversas regiões, contanto que não ocorram geadas nem temperaturas excessivamente baixas. As temperaturas recomendadas para cultivar fruta-do-conde, condessa ou atemoia podem variar de 10°C a 28°C. Já o solo deve ser profundo, além de apresentar textura média e boa drenagem.

Propagação e transplante - propagação da fruta-do-conde, condessa ou atemoia ocorre por enxertia. Entretanto, o porta-enxerto deve permanecer na sombra, pois é sensível ao sol. A muda deve ser transplantada para um saco plástico com 1 m³ de solo (esterilizado); 2 kg de termofosfato; 0,5 kg de cloreto de potássio; e 300 litros de esterco de curral (curtido). Após quatro meses, as mudas estarão prontas para a enxertia.

Plantio e espaçamento - plantio da fruta-do-conde, condessa ou atemoia ocorre, no início das chuvas, em covas de 40 x 40 x 40 centímetros, preparadas com adubos, com dois meses de antecedência. É importante que o torrão se mantenha a 5 centímetros do nível do solo para evitar doenças. Para escoar a água das chuvas, deve ser feito um montículo. Quanto ao espaçamento, para a atemoia, deve ser de 7 m x 6 m. Já para a fruta-do-conde e a condessa deve ser de 7 m x 5 m ou 6 m x 5 m.

Adubação - Na adubação de plantio, deve ser adicionado ao solo 10 kg de esterco de curral (curtido); 500 gramas de calcário dolomítico; 90 gramas de K2O; e 160 gramas de P2O5. Já na adubação de formação, as aplicações devem ser no período chuvoso e ser bimestrais até o 3º ano. Na primeira aplicação, deve ser adicionado ao solo uma mistura de adubos, com aproximadamente 10% de K2O, P2O5 e N.

Quanto à adubação de produção, ela deve ser realizada a partir do 4º ano, com aplicação de uma mistura de adubos, com aproximadamente 3% de P2O5, 9% de K2O e 8% de N, três vezes ao ano. Também devem ser aplicados ao solo sulfato de zinco e calcário dolomítico após análise do solo.

Colheita - A colheita da fruta-do-conde, condessa ou atemoia ocorre 100 dias após o florescimento. O ponto correto para colher as frutas é quando a casca muda a cor verde-amarelada para a cor creme-rosada (fruta-do-conde); verde-amarelada para amarelo-avermelhada (condessa); e verde-clara brilhante para verde-amarelada pálida (atemoia). Normalmente, a colheita ocorre de fevereiro a junho (atemoia) e de dezembro a julho (fruta-do-conde e condessa). * Frutíferas.com/Andréa Oliveira





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