Agro em código debate posicionamento do Brasil frente à demanda global por alimentos

A necessidade de transparência por parte de produtores, governos e todos os players dessa cadeia de abastecimento também entrou em pauta nos debates

10/01/2025 11:37
Agro em código debate posicionamento do Brasil frente à demanda global por alimentos

Com realização de Cubo Agro, Embrapa e Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, encontro colocou em evidência a rastreabilidade e as certificações como oportunidades para inovação e sustentabilidade

A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, o Cubo Agro Itaú e a Embrapa Agricultura Digital se adiantam às discussões sobre acordos internacionais para exportação e abastecimento interno da indústria brasileira de alimentos ao reunir especialistas para colocar em evidência a rastreabilidade e as certificações como oportunidades para inovação e sustentabilidade. Diante da previsão de a humanidade totalizar 10 bilhões de habitantes até 2050, a alimentação torna-se um desafio para a cadeia evolutiva. Para que a produção seja mais adequada à demanda, evite-se o desperdício, aprimorem-se os recursos logísticos e que a segurança do alimento seja garantida, os processos de rastreabilidade e certificações foram enfatizados por todos os palestrantes que debateram o tema durante o ?Agro em código - summit de rastreabilidade no agronegócio?. Profissionais do setor e representantes de entidades e governo abordaram as exigências de consumidores e mercado internacional como certificações, inovação, políticas para a produção sustentável e as oportunidades de negócios que uma nova realidade proporciona. A necessidade de transparência por parte de produtores, governos e todos os players dessa cadeia de abastecimento também entrou em pauta nos debates. Na abertura do encontro, Roberto Matsubayashi, diretor de tecnologia da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, enfatizou que ?a rastreabilidade é uma questão complexa e não somente uma técnica para garantir a procedência dos produtos, mas é um dos fatores para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU, já que os dois primeiros deles são Erradicação da Pobreza e Fome Zero, além do ODS 13 que trata sobre a Ação Climática, para garantir que os produtos não venham de área de desmatamento?. ?A GS1 tem como uma de suas missões nesse sentido promover discussões que levem à reflexão para inclusão de produtores rurais de todos os portes no círculo do agronegócio, a certificação de produtos e o acesso à alimentação de qualidade?, completa Matsubayashi.

 

Roberto Matsubayashi, diretor de tecnologia da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil

 

O diretor alerta que, apesar das dificuldades, a rastreabilidade se tornou um processo essencial, com destaque no controle dos processos internos, já que há quase dois milhões de empresas produtoras de alimentos no Brasil. Nesse contexto, o encontro debateu a integração da rastreabilidade com conceitos de sustentabilidade e blockchain como uma estratégia para impulsionar o agronegócio. São processos e tecnologias que desempenham papéis essenciais ao crescimento sustentável do setor, o que facilita o rastreamento e fortalece os vínculos na cadeia de abastecimento. Na abertura do evento, Stanley Oliveira, pesquisador e chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital, mencionou a relação da rastreabilidade com sustentabilidade ambiental e segurança alimentar, dois conceitos-chave que pautaram a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024, a COP29, e que devem ser tratados também na próxima, em Belém (PA). A rastreabilidade é muito mais do que um processo ou uma ferramenta. É uma conexão do produtor até o consumidor?, enfatiza, reforçando que, além disso, é uma forma de atender padrões internacionais, trazendo novas oportunidades de crescimento. Anderson Alves, supervisor da área de negócios da Embrapa Agricultura Digital e um dos organizadores do evento, comentou que é fundamental que todos os elos das cadeias de produção entendam a importância e a segurança de ter produtos rastreados. ?A rastreabilidade não é custo, ao contrário, agrega valor aos produtos, além de trazer transparência e mais informação aos consumidores e servir como uma ferramenta adicional para órgãos de controle e fiscalização?, completa. No primeiro painel ? ?Grandes impulsionadores da rastreabilidade? ? mediado por Pedro Di Martino, gerente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, Aecio Flores, vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Certificação por Auditoria e Rastreabilidade (ABCAR), ressaltou o modelo brasileiro de inclusão e sustentabilidade. Segundo Flores, ?o Brasil possui escala de produção e capacidade tecnológica sem precedentes, com o maior banco de dados do agro do Hemisfério Sul?. ?Isso nos faz do país um protagonista global e precisamos aproveitar essa vantagem para equilibrar sustentabilidade e competitividade com soluções acessíveis para pequenos e médios produtores.?

Esse primeiro painel contou ainda com Matheus Calheiros, gerente de Certificação e Parcerias da Rainforest Alliance; Estevão Carvalho, diretor de novos negócios da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira; e Cid Sanches, consultor Externo para certificação ESG. Na sequência, o ?Agro em código? contou com palestras e debates com participação de Ana Claudia Torres, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, que apresentou o tema interessante ?Rastreabilidade no Programa de Manejo de Pesca do Pirarucu?. O encontro seguiu até o fim da tarde com participação de vários players do agronegócio. Acompanhe os vídeos: Parte 1 e Parte 2 Sobre a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil - A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. A entidade conta com cerca de 59 mil associados que representam 36% do PIB nacional e 12% dos empregos formais. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. Mais informações aqui.

*DFreire Comunicação e Negócios - Tel. (11) 5105-7171 - Patrícia Soares ? patricia@dfreire.com.br - Debora Freire ? debora@dfreire.com.br - Marcelo Danil ? marcelodanil@dfreire.com.br

 





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