Necessidade de modernização dos pomares para obter altas produtividades, considerando fatores em todo o processo de implantação como escolhas do porta-enxerto sistema de condução, conforme o objetivo de cada produtor e as características locais. E dessa forma aumentar a mecanização dos tratos culturais e a redução dos custos gerais. Estes foram os principais temas que movimentaram o VII Field Day on Rootstocks from CG Series & IX Giro Técnico entre os dias 10 e 12 de Janeiro, que reuniu autoridades, técnicos do setor, empresas, pesquisadores e produtores de vários países, como Argentina, Chile, Uruguai, Espanha, Estados Unidos, Marrocos e Tunísia ? todos com o objetivo de difundir o conhecimento técnico e científico relacionado à cultura da maçã.
As visitas técnicas e palestras aconteceram nos municípios gaúchos de Caxias do Sul, Vacaria, Bom Jesus e a catarinense São Joaquim e tiveram como principais temas a modernização dos sistemas de condução, avaliação dos porta-enxertos da série Geneva® (CG), mecanização dos tratos culturais e tecnologias de aplicação. O evento foi uma realização conjunta do Grupo de Fruticultura da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), empresa Agromillora e Gianfranco Perazzolo, com patrocínio de empresas privadas e de órgãos como o CREA-SC e MUTUA-SC, com o apoio da ASSEA, ABPM, e AGAPOMI. No total, foram 720 participantes no evento, nos quatro municípios pólos da maçã brasileira.
Porta-enxertos, máquinas e implementos - Durante o evento houve a divulgação dos dados relacionados às coleções de porta-enxertos da CG nas diferentes regiões produtoras de maçã. Os porta-enxertos da série CG possuem uma ampla faixa relacionada ao vigor das plantas e, desse modo, proporcionam maior opção de escolha, conforme características locais e objetivo de produção. A adaptação de cada porta-enxerto para as distintas regiões pode ser verificada durante visitas técnicas a pomares comerciais, bem como adaptação de produtividade e vigor em relação ao local avaliado.
Máquinas e implementos também foram apresentados, tais como: máquina de poda mecanizada, plataforma de colheita autopropelida e pulverizadores autopropelidos. Houve ainda uma novidade que será corriqueira nos pomares: o pulverizador sem cardan, que reduz os riscos de acidentes fatais e economiza 30% do consumo de combustível. Estas novas tecnologias visam a redução do custo de mão de obra, que tem se tornado mais escassa e cara a cada safra.
Escolha de porta-enxertos para mecanização - A mecanização dos tratos está relacionada à escolha de porta-enxertos e sistemas de condução modernos. Durante as visitas foi observada a implantação de sistemas de condução mais modernos em multi-líder (Guyot), bi-axis, v-trellis e Prateleira, os quais proporcionam a mecanização nas operações manuais como poda, raleio e colheita.
O ponto chave da fruticultura atual é a redução de custos, principalmente, com a otimização da mão de obra, seja pela adoção de novas máquinas, que auxiliem nas atividades de poda, colheita, raleio e aplicações de produtos fitossanitários. Outro ponto chave é a adoção de novos porta-enxertos mais eficientes e precoces, com sistemas de condução de plantas que propiciem alta produtividade aliada à mecanização de etapas do cultivo.
Produtos fitossanitários e palestras - Em relação ao controle fitossanitário, foram apresentados novos implementos para pulverização com volumes de aplicação constante e automatizados a fim de reduzir perdas de produtos por deriva. Houve também o lançamento de um drone terrestre com tecnologia de aplicação remota não tripulável para agroquímicos e fitorreguladores, que proporciona redução do custo de mão de obra e a não exposição do aplicador aos produtos. As empresas patrocinadoras levaram novos produtos e soluções para o controle fitossanitário e escalonamento de colheita, raleio e regulação do crescimento de plantas.
Os participantes ainda contaram com seis palestras realizadas no Centro de Eventos de São Joaquim, com apoio da prefeitura local e da ASSEA. As palestras foram ministradas por especialistas nacionais e internacionais, que trouxeram suas experiências, vivências e tecnologias de manejo adotadas na cultura da maçã pelo mundo. Participaram da abertura autoridades da UDESC, AGROMILLORA CREA-SC, MUTUA-SC e o Secretário da Agricultura, Pesca e do Desenvolvimento Rural do Estado de Santa Catarina, Valdir Colatto, que destacou a importância da produção de alimentos e do agronegócio catarinense.
Comissão Organizadora: Leo Rufato, Gianfranco Perazzolo, Tiago Afonso de Macedo, Daiana Petry Rufato, Rodrigo Boff, Aike Anneliese Kretzschmar, Francine Regianini Nerbass, Juliana Martins de Lima, Carine Rusin, Alex Félix Dias, Sabrina Baldissera, Renaldo Borges de Andrade Junior, Marcelo Goulart Souza, Cesar Augusto Zanato, João Bortoluzzi Lopes.