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Baru (Dipteryx alata Vog): fonte alimentar com alto valor nutricional

A árvore do baru apresenta elevada produção de frutos, produzindo cerca de 1500 unidades de frutos, e em cada fruto contendo uma única amêndoa


O baru (Dipteryx alata Vog), é uma espécie de fruteira, no qual pertence à família Fabaceae (Leguminosae; Papilionoideae), o baruzeiro é uma árvore nativa do Cerrado brasileiro (Figura 1), possui fontes de carboidratos, lipídios, minerais e proteínas, bem como, compostos bioativos, entre estes os carotenoides e polifenóis (SOUZA et al., 2016).

A árvore do baru apresenta elevada produção de frutos, produzindo cerca de 1500 unidades de frutos, e em cada fruto contendo uma única amêndoa. O fruto é envolto por casca lenhosa e dura, é envolvido por uma fina polpa adocicada, já no interior do fruto está localizada a amêndoa de baru, sabor semelhante ao amendoim, possui alto valor nutricional e é muito apreciada (SIQUEIRA et al., 2015).

A amêndoa do baru (Figura 2) pode ser considerada fonte alimentar com alto valor nutricional, apresentando alto teor de calorias 502 kcal por 100 g. A amêndoa contém 40% de óleo, 9% de carboidratos, 7% de umidade, 4% de cinzas, fibras 13,4 g por 100 g, potássio 827 mg por 10 g, lipídios 38,2 g por 100 g, proteínas 23,9 g por 100 g, fósforo 358 mg por 100 g e magnésio 178 mg por 100 g, e seu uso alimentício é apropriado para seres humanos (TAKEMOTO et al., 2001).

As amêndoas de baru apresentam elevados teores de antioxidantes, compostos bioativos que podem contribuir na prevenção e redução de algumas doenças entre estas, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, hipertensão, mal de Alzheimer e obesidade. Podem ser classificados como antioxidantes primários e secundários, atuando diretamente no retardo e impedimento da oxidação (SILVA et al., 2010).

Diante o exposto, o Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro conhecido como savana brasileira possui vasta variedade de frutos com elevado valor nutricional com propriedades bioativas e antioxidantes. Dentre os frutos nativos do Cerrado, o baru tem apresentado destaque pelos elevados valores sensoriais e nutricionais que pode contribuir para a saúde dos seres humanos, além de contribuir para o desenvolvimento e enriquecimento de produtos alimentícios como os pães. *Adriana Gomes Pereira da Silva; Jaqueline Gomes; Claúdia Leite Munhoz; Letícia Fleury Viana; Fernando Moraes Machado Brito; Rogério Favareto; Marco Antônio Pereira da Silva - [email protected]

Referências: SILVA, P. N. et al. Compostos fenólicos totais e capacidade antioxidante da amêndoa de baru e subprodutos avaliados em condições de extração otimizadas. Revista Brasileira de Ciências Agrárias (Agrária), v. 15, n. 4, p. 8530, 2020. SIQUEIRA, A. P. S.; PACHECO, M. T. B.; NAVES, M. M. V. Nutritional quality and bioactive compounds of partially defatted baru almond flour. Food Science and Technology, v. 35, p. 127-132, 2015. SOUSA, A. G. O.  et al. Nutritional quality and protein value of exotic almonds and nut from the Brazilian Savanna compared to peanut. Food Research International, v. 44, n. 7, p. 2319-2325, 2011. SOUZA, H. A.; NAVES, L. D. C. R. Preservação do bioma cerrado e o aproveitamento dos frutos nativos na merenda escolar em Goiânia no contexto da Educação Ambiental. 2016. Disponível em: <https://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2016/VIII-009%20.pdf>. Acesso em: 14 mai. 2022. TAKEMOTO, E.; OKADA, I. A.; GARBELOTTI, M. L.; TAVARES, M.; AUED-PIMENTEL, S. Composição química da semente e do óleo de baru (Dipterix alata Vog.) nativo do Município de Pirenópolis, Estado de Goiás. Revista do Instituto Adolfo LutzSão Paulo, v. 60, n. 2, p. 113-117, 2001. WILSON, E. D.; SANTOS, A. C.; VIEIRA, E. C. Nutrição básica. São Paulo: Sarvier, 1982. cap. 6, p. 79-. Disponível em: < Wilson, E.D., Santos, A.C. and Vieira, E.C. Energia. In Dutra-De-Oliveira, J.E., Santos, A.C. and Wilson, E.D (Eds.), <i>Nutrição básica.</i> Sarvier. 1982. (sciepub.com)>. Acesso em: 11 fev. 97.

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