Os custos da aquisição e instalação chegam a ser a metade do gasto com os sistemas de aspersão convencional, os quais estão próximos de R$ 2.700, numa condição de topografia plana, e R$ 3.000, em terreno com declividades entre 2% e 4%

A Embrapa Mandioca e Fruticultura, localizada em Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, lançou nesta segunda-feira, 22 de março, quando se comemora o Dia da Água, um comunicado técnico com orientações ao pequeno produtor rural sobre a utilização de um sistema de irrigação de alta eficiência, baixo custo e que gera economia de água.

O sistema proposto elimina a necessidade das estacas e diferentes alturas da mangueira, emissora de água, e foi desenvolvido a partir de um modelo de dimensionamento alternativo do sistema bubbler original, considerando os emissores ao nível do solo.

De acordo com a publicação, o bubbler é um sistema de irrigação do tipo localizada que em 1 ha, no espaçamento de 4 m x 4 m entre plantas, os custos da aquisição e instalação chegam a ser a metade do gasto com os sistemas de aspersão convencional, os quais estão próximos de R$ 2.700, numa condição de topografia plana, e R$ 3.000, em terreno com declividades entre 2% e 4%.

Fácil de ser instalado em campo, sistema pode ser usado em diversas culturas hortícolas e fruteiras que envolvem maior espaçamento entre plantas, informa o comunicado técnico, assinado pelos engenheiros agrônomos Marcone Vilas Boas Leal Botelho, Eugênio Ferreira Coelho e Marcelo Rocha dos Santos.

O sistema bubbler pode funcionar também usando apenas a ação da gravidade, como por exemplo, se a fonte de água para irrigação estiver numa posição maior que 1 metro acima do nível da área.

Uma outra vantagem do sistema é que, de acordo com o comunicado técnico da Embrapa, o sistema também possui baixo problema de entupimento.

"Essas características fazem com que os projetos sejam mais baratos, pois permitem usar tubos e ou mangueiras de polietileno com baixo PN (pressão nominal), e os filtros e sistema de bombeamento, quando necessários, são simples e de baixa potência", afirma o comunicado técnico.

A instalação do sistema requer pouca mão-de-bra, já que é fixo, e menor tempo de irrigação, por envolver vazões por planta maiores que os outros sistemas de irrigação localizada, o que reduz o tempo do produtor na atividade.

No sistema bubbler original, os emissores ficam fixos em estacas de madeira, com saídas em diferentes alturas, determinadas no dimensionamento do projeto. Porém, no dia a dia, as estacas acabam sendo derrubadas e dificilmente voltam para altura correta, desregulando o sistema, diminuindo a uniformidade da irrigação.

De acordo com a Embrapa, a necessidade de determinar as alturas dos emissores e de repor as estacas que saem de sua posição tira a praticidade desse método para os produtores. *Mário Bittencourt/Jornalista/Vitória da Conquista

Veja manual técnico: http://mariobittencourt.com.br/wp-content/uploads/2021/03/ComunicadoTecnico176-Eugenio-AINFO-1.pdf