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Pesquisadores da Seapdr divulgam trabalhos realizados com oliveiras

No entanto, a adubação nitrogenada deve ser administrada com cuidado em oliveira, porque pode haver estímulo ao crescimento vegetativo e à redução do florescimento e frutificação


Pesquisadores da área de olivicultura do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (DDPA/Seapdr) participaram da 10ª Abertura Oficial da Colheita da Oliva, que ocorreu na última sexta-feira (4/3), na Estância das Oliveiras, em Viamão. Eles divulgaram pesquisas realizadas pelo DDPA, que vêm sendo desenvolvidas desde 2015.

Também foram apresentados os resultados parciais da pesquisa realizada em parceria com a Emater/RS-Ascar em 2020/2021, cujo objetivo foi obter informações sobre aspectos fitossanitários e nutricionais de olivais localizados em diferentes regiões do Estado, principalmente Depressão Central, Campanha e Serra do Sudeste.

"Queríamos identificar os principais desafios enfrentados pelos olivicultores para nortear ações de pesquisa e extensão para o setor olivícola do Rio Grande do Sul", explica a pesquisadora do DDPA, Andréia Rotta de Oliveira. Ela conta que os resultados preliminares dos 36 olivais investigados na pesquisa apontam a antracnose, o repilo (olho de pavão) e a cercosporiose (emplumado) como as doenças mais frequentemente observadas.  "E a lagarta, as formigas e as cochonilhas são as pragas mais presentes nos olivais".

Conforme o estudo, as análises nutricionais do cálcio e do nitrogênio apontaram que 41% das amostras analisadas apresentaram teores foliares de nitrogênio abaixo do nível adequado. "No entanto, a adubação nitrogenada deve ser administrada com cuidado em oliveira, porque pode haver estímulo ao crescimento vegetativo e à redução do florescimento e frutificação", esclarece o também pesquisador do DDPA, Bruno Lisboa.

Em relação ao cálcio, embora não tenham sido observadas amostras com teor insuficiente, 23% delas apresentaram teores foliares dentro da faixa adequada e 77% ficaram abaixo da faixa adequada.

Divulgação de pesquisas - Os trabalhos científicos relacionados ao cultivo das oliveiras no Estado divulgados estão publicados na revista da Pesquisa Agropecuária Gaúcha (PAG) do DDPA.

São eles:

Aspectos fitotécnicos do cultivo da oliveira no Rio Grande do Sul I: biologia reprodutiva

A viabilidade econômica da produção de azeite de oliva depende da produção de frutos, e vários fatores podem afetar a frutificação. O estudo aborda aspectos da biologia reprodutiva relacionadas à produção de frutos em oliveira, nas condições do sul do Brasil.

Aspectos fitotécnicos do cultivo da oliveira no Rio Grande do Sul II: estudos sobre cochonilhas e controle da antracnose

O artigo traz informações referentes a espécies de cochonilhas (Hemiptera; Coccoidea) potencialmente pragas e controle do fungo Colletotrichum sp associado à antracnose em oliveira.

Fenologia, exigências térmicas e composição mineral de folhas de variedades de oliveira no Rio Grande do Sul

O estudo aponta características fenológicas, exigências térmicas, composição mineral e teores de nutrientes de folhas de variedades de oliveira, em dois anos de cultivo na Serra do Sudeste do Rio Grande do Sul.

Pesquisa sobre hábitos de consumo e preferências dos consumidores com relação ao azeite de oliva no Rio Grande do Sul

A pesquisa aborda hábitos de consumo, critérios de escolha e preferência dos consumidores gaúchos com relação ao azeite de oliva, e dados que contribuem para guiar ações educativas e promocionais e auxiliar no desenvolvimento dessa cadeia. *Darlene Silveira/Foto: Fernando Dias/Seapdr

**Assessoria de Comunicação Social - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural - Porto Alegre/RS - Fone: (51) 3288-6224/6228

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