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Dia de campo une CATI e Aplique Bem, para levar tecnologia de aplicação de agroquímicos a produtores de atemoia

Fruta cuja maior parte da produção se destina à exportação tem sido atingida pelo fungo causador da doença antracnose na região de São Miguel Arcanjo-SP


Produtores de atemoia do entorno de São Miguel Arcanjo, no interior paulista, participaram na última semana de um dia de campo com ênfase no controle da antracnose. Esta doença, causada pelo fungo Colletotricgum sp, tem afetado produtores daquela região e causado perdas em produtividade. O encontro, focado em tecnologia de aplicação de agroquímicos, reuniu especialistas da CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral e do programa Aplique Bem.

Órgão do Governo do Estado de SP, a CATI promove no território paulista o desenvolvimento rural sustentável. Já o programa Aplique Bem resulta de uma parceria entre o setor privado e o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), também vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP.

Coordenador do Aplique Bem e diretor do CEA, o pesquisador Hamilton Ramos salienta que o dia de campo teve por objetivo melhorar a qualidade da tecnologia de aplicação de produtos no cultivo da atemoia. "Estimulamos o controle correto e efetivo de doenças, caso da antracnose, hoje presente em áreas produtivas do estado e com potencial para ocasionar danos ao produtor."

Segundo o pesquisador, São Paulo é o estado mais representativo no cultivo da atemoia, seguido por Minas Gerais e Bahia. Fontes do setor revelam que 90% do total da fruta produzidos no país são exportados. Nutricionistas, por sua vez, descrevem a atemoia como fonte de vitamina C, importante para o sistema imunológico e na prevenção de doenças e infecções.

80 mil agricultores, 1 000 municípios - Conforme Ramos, o programa Aplique Bem está no 17º ano de atividades. "O objetivo é qualificar de pequenos a grandes produtores ao manejo seguro de agroquímicos. Os principais pilares da iniciativa são a proteção dos cultivos, o meio ambiente e a segurança do trabalho rural", ele explica.

"Sem gerar custos ao agricultor, Aplique Bem movimenta durante todo o ano uma equipe de agrônomos e uma frota de laboratórios móveis, rumo às propriedades rurais, onde são realizados treinamentos customizados, ou seja, conforme necessidades de produtores de diferentes áreas do país", continua.

De acordo com o pesquisador, somente em solo brasileiro o Aplique Bem já beneficiou mais de 80 mil agricultores, em mais de 1 000 municípios. Desde seu início, foram percorridos pelos instrutores acima de 1 milhão de km, distância equivalente a 25 voltas em torno da Terra.

"O sucesso do programa no Brasil fez com que levássemos o Aplique Bem a mais nove países: Burkina Faso, Costa do Marfim, Colômbia, Mali, Gana, México, Vietnã e, recentemente, à Índia", finaliza Hamilton Ramos.

*Assessoria de Imprensa/BIA - Bureau de Ideias Associadas, Imprensa e Com. Est. - Tel.: (11) 4506-3181 - Fernanda Campos - [email protected]

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