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Jovem casal de Salvador do Sul investe no cultivo de tomate grape

Empresa se dispôs a fornecer todo o material que estruturaria as estufas ? plásticos, peças metálicas, vasos, substrato, canos e sementes


A busca por uma maior qualidade de vida com uma rotina menos atribulada fez o jovem casal Humberto Hochscheidt (25) e Júlia Loesch (21) mudar completamente de ares, no começo de 2020. Na época, tanto os namorados, quando Artur (20), irmão de Humberto, trabalhavam na Tramontina, em Carlos Barbosa. "A gente até não ganhava mal, tinha a estabilidade do emprego, mas parecia que faltava algo", resume Humberto. A alternativa encontrada foi retornar para a propriedade da família de Júlia, no interior de Salvador do Sul, para cultivar tomates da variedade grape. 

Conhecidos por serem mais adocicados e menos aguados que os do tipo "cereja", os grapes surgiram meio que por acaso na vida do trio que, agora, se dedica integralmente à agricultura. "A minha família tinha a tradição de produzir milho e não possuíamos nenhuma experiência nesse tipo de cultivo, que não fosse alguma coisa na horta dos pais", explica Júlia. Após algumas experiências não muito satisfatórias com pepino e até com piscicultura e muitas conversas com agricultores e com a Emater/RS-Ascar, o grape surgiu como oportunidade, após o contato com uma empresa ligada ao setor. 

Na ocasião, a empresa se dispôs a fornecer todo o material que estruturaria as estufas - plásticos, peças metálicas, vasos, substrato, canos e sementes -, além de auxílio para o manejo, que é totalmente livre de produtos agroquímicos, em todo o ciclo. À Emater/RS-Ascar, que atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado, coube a elaboração dos projetos de crédito via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do suporte na assistência técnica para o cultivo. "Foi um contexto que nos deu segurança", resume Humberto. 

Para o trio, a posição favorável de Salvador do Sul, que fica entre Caxias do Sul (e a Serra como um todo) e a grande Porto Alegre, possibilitou a aceitação rápida do cultivo, que está rendendo os primeiros frutos. "Trata-se de uma planta de ciclo curto que, três meses após o plantio, já começa a dar tomates", explica Júlia, que lembra que cada planta pode render mais de dez quilos por safra, nos oito meses de produção. Nas duas estufas implantadas pela família, são 3.816 pés de tomates grape - um número tão preciso que dá conta da organização dos três, na hora de trabalhar nas estufas. 

O extensionista da Emater/RS-Ascar Leandro Marques salienta que Humberto, Júlia e Artur são os primeiros a investirem neste tipo de hortaliça, em Salvador do Sul. "Aliás, a diversidade da agricultura aqui no município é fundamental para oferecer mais oportunidades aos jovens do campo", destaca. "Hoje, temos jovens trabalhando com frutas, carvão vegetal, criação de animais e outros cultivos, como o tomate", completa o extensionista. Sobre o apoio da Emater/RS-Ascar, os produtores destacam também o suporte em temas como acesso a mercados, controle de pragas e doenças do tomateiro e rastreabilidade vegetal. 

Atentos à este último aspecto, o trio tratou logo de oferecer os tomates em vistosas bandejas de 180 gramas, em que se pode ler o nome da propriedade localizada na Linha São João: Grün Haus. "A gente tem a consciência de que comercializa um produto de qualidade, que é bem aceito, e a nossa intenção será a de ampliar a área plantada, futuramente", projeta Humberto. Nesse sentido, os atuais 2.000 m² de estufas, em breve podem dobrar de tamanho. "Se depender da força de vontade dos três, a tendência é de que eles cresçam cada vez mais", finaliza Marques. *Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Lajeado - Jornalista Tiago Bald - [email protected] 

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