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Artigo sobre uso de nanocápsulas de fungicidas na prevenção da podridão da maçã é publicado pela Food Chemistry

Resultados mostraram lesões de podridão amarga três vezes menores que as tratadas com óleo essencial não encapsulado


Artigo sobre uso de nanocápsulas de fungicidas na prevenção da podridão da maçã é publicado pela Food Chemistry

Trabalho de cunho multidisciplinar, resultante dos estudos do Mestrado em Biotecnologia de Gabriela Antonioli, teve a participação de pesquisadores da área da Biotecnologia, da Química e da Agronomia. A Food Chemistry é uma prestigiada revista internacional que publica na área da Química, Alimentos e Agrotecnologia

A engenheira química Gabriela Antonioli apresentou sua dissertação de Mestrado na Universidade de Caxias do Sul, com o trabalho Desenvolvimento de nanocápsulas de poliácido lático contendo óleo essencial de capim-limão e avaliação contra fungos fitopatogênicos, no dia 1º de novembro de 2019. Com a orientação dos professores Thiago Barcellos da Silva e Gabriel Fernandes Pauletti (coorientador), seu projeto de Mestrado se insere no contexto da busca de novas tecnologias ambientalmente confiáveis que contribuam para a produção de alimentos mais saudáveis.
 
Publicado na Food Chemistry, o artigo, resultante do trabalho de pesquisa da Gabriela, discorre sobre o desenvolvimento de uma nanocápsula de poliácido láctico contendo óleo essencial de capim-limão, um antifúngico natural para Colletotrichum acutatum e Colletotrichum gloeosporioides, fitopatógenos presentes em diferentes cultivares de maçã,  causando a popular "podridão da maçã".
 
Como os óleos essenciais costumam apresentar um alto grau de volatilidade e fotodegrabilidade, os pesquisadores optaram por encapsular o óleo essencial de capim-limão em nanocápsulas estáveis com morfologia esférica, de diâmetro médio de 96,4, nm e eficiência de encapsulamento de 99%, o que possibilitou a liberação mais gradual do óleo. No ensaio in vivo com maçãs pós-colheita, as amostras tratadas com cápsulas essenciais encapsuladas mostraram lesões de podridão amarga três vezes menores que as tratadas com óleo essencial não encapsulado.

Segundo o professor Thiago Barcelos, um dos autores do artigo publicado pela Food Chemistry, "como estamos em uma região grande produtora de frutas, inclusive de maçã, acreditamos que esta tecnologia, cujo o pedido de patente já foi depositado, pode trazer benefícios aos produtores, e não só aos produtores de maçã, pois acredita-se que esse modelo pode ser utilizado em outros cultivares com resultados positivos também".

O professor Matheus Parmegiani Jahn, coordenador de Pesquisa da UCS, destaca o potencial de aplicabilidade da pesquisa, que pode evoluir para um possível serviço tecnológico a ser oferecido aos produtores da região. "Esse é mais um exemplo da aplicação da Ciência, transformando conhecimento científico em solução tecnológica para os problemas reais da sociedade. Podemos dizer que é a UCS cumprindo a sua missão institucional", conclui. *
Área de Imprensa e Mídias Digitais/Assessoria de Comunicação 
 
 

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