Com presença marcante de empresas da cadeia produtiva da fruticultura brasileira, a Fruit Logística, a maior feira mundial de frutas, verduras e legumes, abriu as portas nesta quarta-feira, 7, para receber uma ampla gama de profissionais e empresas envolvidas na cadeia de produção, exportação e importação de frutas, verduras e legumes. O Brasil se destacou com mais de 40 empresas representadas no estande organizado pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivado (Abrafrutas), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

A feira realizada anualmente em Berlim, na Alemanha, tem como objetivo promover um ambiente propício para o intercâmbio de conhecimento, oportunidades de negócios e inovações no setor de frutas, verduras e legumes em nível global. Busca conectar os atores deste setor oferecendo um espaço para networking, negociações comerciais, exposição de produtos e serviços, além de apresentações sobre as últimas tendências e avanços tecnológicos. 

O diretor Executivo da Abrafrutas, Eduardo Brandão, destaca a importância da presença brasileira na Fruit Logística: "Estamos muito satisfeitos em proporcionar, por meio da Abrafrutas e da ApexBrasil, essa oportunidade ímpar para os produtores de frutas do Brasil negociarem e expandirem a comercialização das frutas brasileiras em nível mundial", disse.

Além disso, produtores brasileiros, como Kepler Silva, da Forever 5, que já participam há anos da Fruit Logística, enxerga a feira como uma excelente oportunidade para as exportações brasileiras. 

"A Fruit Logística é um evento crucial para nossas exportações. Aqui, temos a chance de mostrar a qualidade e diversidade das nossas frutas para o mundo. A exemplo de outras frutas como nossas mangas e uvas, temos o limão brasileiro, com sua coloração vibrante, sabor refrescante e suco abundante, que são tesouros da nossa agricultura. No estande do Brasil, por meio da nossa renomada chefe de cozinha, Luciana Berry, podemos apresentar a versatilidade culinária e o aroma distinto que as frutas brasileiras têm e que conquistam paladares em todo o mundo", afirma o produtor. 

A Fruit Logística não apenas promove negócios entre empresas, mas também oferece um espaço para a troca de conhecimento e tecnologia. Durante os três dias de evento, pesquisadores de renomadas universidades apresentaram suas últimas pesquisas, contribuindo para o avanço do setor agrícola global.

Com grande expectativa, os representantes brasileiros aguardaram ansiosamente a oportunidade de estabelecerem novas parcerias e impulsionarem ainda mais as exportações do país. Segundo dados preliminares, a edição deste ano da Fruit Logística espera receber mais de 63 mil visitantes de 130 países, abrangendo todos os continentes. O evento aconteceu de 7 a 9 deste mês no Messe Berlim, renomado Centro de Eventos da capital alemã, com mais de 200 anos de tradição. *Abrafrutas 

Fuit Logística abriu com forte presença da Fruticultura cearense - Complexo do Pecém, SDE, Agrícola Famosa, Itaueira e Tropical Nordeste são algumas das empresas do Ceará presentes na maior feira de frutas do mundo - Com forte presença de empresas da cadeia produtiva cearense da Fruticultura, abriu na quarta-feira, 7, a Fruit Logística, maior feira mundial de frutas, verduras e legumes e de todos os setores ligados a elas, incluindo a navegação marítima e aérea, as universidades tecnológicas, os principais centros de tecnologia e inovação e, naturalmente, os produtores, exportadores e importadores.

De acordo com a Fruit Logística - que se realiza no Messe Berlim, o Centro de Eventos da capital alemã, o mais antigo  do mundo, com mais de 200 anos de atividade - foi esperado neste ano o mesmo público que a visitou em 2023: mais de 63 mil pessoas procedentes de 130 países dos cinco continentes.

Neste ano, a feira tem estandes de 2.800 empresas que de tudo produzem - desde o tomate cereja no Norte da África, o pimentão colorido na Serra da Ibiapaba ou o melão em Icapuí, no Ceará, o mirtilo no Equador, a pera na China e a maçã na Argentina.

A Fruit Logística também expõe e comercializa flores e plantas ornamentais; tratores e máquinas agrícolas; sensores ultrassensíveis para a irrigação e para a colheita da fruta na hora certa; material para a produção protegida de hortaliças sob estufas, como as que já existem em quase 500 hectares na Serra da Ibiapaba; embalagens com nova tecnologia para diferentes tipos de frutas; enfim, tudo o que a inteligência humana cria, desenvolve e produz nos variados solos do planeta foi exposto e comercializado de hoje até a próxima sexta-feira, 9, na Fruit Logistica.

Para que se tenha uma ideia de sua grandiosidade, este colunista está aqui para cobrir o evento pela 14ª vez, e pode confessar que ainda não conseguiu conhecer toda a feira. Neste ano, há uma novidade: o estande da China foi ampliado em mais 1 mil m².

No Pavilhão 22, estão os estandes do Brasil e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USAD); no Pavilhão 23, localizam-se os da Argentina - que mostra, principalmente, suas maçãs, peras e uvas; do Equador, que expõe suas bananas; e do Peru, que comercializa seu mirtilo e seu avocado (abacate).

No estande do Brasil - organizado e coordenado pela Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados) - estiveram mais de 50 grandes, médias e pequenas empresas da Fruticultura do país. Como no ano passado, a Abrafrutas organizou todo o espaço do estande em autênticas ilhas, formadas por conjuntos de mesas e cadeiras, nos quais se reúnem seus diretores com os importadores das várias partes do mundo. A Fruit Logistica é um evento 100% voltada para os negócios entre as empresas produtoras e seus clientes importadores.

Mas a Fruit Logistica tem seu outro lado - o da Ciência e Tecnologia, com programação distinta: ao longo dos três dias da feira, pesquisadores das melhores universidades do mundo apresentaram aqui o resultado de suas pesquisas.

Por exemplo: a Universidade de Wageninge, na Holanda, apresentou seu último trabalho sobre culturas protegidas. É esse centro acadêmico holandês que domina a tecnologia do cultivo agrícola sob estufas. É com ela que a Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Governo do Ceará celebrou contrato para a instalação do futuro Centro de Tecnologia de Cultura Protegida, na região do Cariri. O equipamento será instalado na mesma área onde funcionou a antiga Usina de Açúcar de Barbalha.

Presentes pela primeira vez à Fruit Logistica, o secretário Salmito Filho e o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueiredo, mostravam ontem uma certa ansiedade para conhecer essa superlativa exposição da moderna agricultura mundial. *Egídio Serpa/Diário do Nordeste/07 de Fevereiro de 2024. 

Itaueira voltará a exportar melão para EUA e Europa - Empresa da família Prado acaba de contratar um especialista no mercado internacional de frutas - é o brasileiro Aryan Schut, de descendência holandesa, que tem relação pessoal com os grandes importadores europeus - Na Fruit Logistica 2024, que nesta sexta-feira, 9, foi encerrada, produziram-se boas notícias para a economia do Ceará. Uma delas foi confirmada ontem a esta coluna pelo sócio e diretor da Itaueira Agropecuária, Caito Prado: sua empresa, dentro de dois anos, ou menos, voltará a exportar seu melão Rei para a Europa e os Estados Unidos.

Nos três dias da maior feira mundial da cadeia produtiva de Frutas, Legumes e Verduras (FLV), Caito teve, no estande da Abrafrutas-Brasil, encontros pré-agendados com importadores europeus, todos eles antigos e fiéis clientes da Itaueira.

E para provar que sua informação é para valer, Caito Prado teve o cuidado de apresentar a este colunista o brasileiro Aryan Schut, descendente de holandeses, fluente em inglês, espanhol e alemão, com larga experiência no mercado internacional de FLV. Ele já distribui seu cartão de visita - com o logo da Itaueira - com sua destacada posição: Gerente de Vendas Internacionais, com residência em São Paulo. 

A Itaueira exportava normalmente seus melões e melancias para os mercados europeu, canadense e norte-americano. Eles eram produzidos na margem do Canal do Trabalhador, na geografia de Aracati, no Leste do Ceará, área livre da mosca da fruta, quando um lustro de seca deixou sem água a fazenda de produção da empresa.

Diante de um evento imposto pela natureza, decidiu a família Prado seguir cultivando melão e melancia nas suas fazendas do Piauí e da Bahia, cuja produção destina-se exclusivamente ao crescente mercado consumidor brasileiro.

"Mas a ideia de voltar a exportar nossas frutas nunca saiu de nosso planejamento estratégico, e agora estamos caminhando neste sentido", como explicou Caito Prado, sob o olhar atento e o sorriso de confiança de Aryan Schut.

A área onde a Itaueira Agropecuária voltará a produzir melão e melancia está encravada na geografia do município de Morada Nova, onde também se desenvolve, em alta velocidade, a carcinicultura (criação de camarão), atividade a que se dedica também, no Rio Grande do Norte, a empresa fundada pelo agroindustrial Carlos Prado.

O terreno cearense da Itaueira tem cerca de 3 mil hectares cujo solo, de boa qualidade, está sendo fertilizado e recebendo os cuidados da melhor tecnologia. Ao mesmo tempo, a Enel Distribuição acelera as providências para levar energia elétrica desde sua subestação de Chorozinho até a área da empresa da família Prado, numa distância aproximada de 40 quilômetros.

Essa nova linha de distribuição de energia da Enel é um sonho antigo dos pequenos agropecuaristas de Morada Nova e municípios do seu entorno, que poderão produzir, com qualidade, queijos e outros derivados, incrementando a economia da região  

Ontem à tarde, entre uma reunião e outra, Caito Prado transmitiu a esta coluna a seguinte mensagem: "Estamos tendo, também, reuniões com alguns fornecedores. Nosso trabalho aqui em Berlim e nas nossas fazendas de produção é contínuo, sempre com o objetivo de melhorar o manejo e os processos das boas práticas agrícolas.

"Hoje estamos dando cada vez mais atenção aos detalhes e buscando tecnologias para regenerar o solo e para produzir bio insumos on-farm" (isto é, dentro da fazenda).

"No nosso caso, o fator humano ainda é indispensável. Nossa equipe passa várias vezes na mesma área cultivada para colher apenas os frutos saborosos. Medimos o brix (teor de açúcar) das frutas, mas o paladar humano é o fator determinante. Assim como numa colheita de uva que produz os melhores vinhos, somente os melhores melões marcamos com a marca Rei.

"Na produção do nosso mel de abelha, é a mesma coisa. Apenas 10% do mel que produzimos recebe a marca Rei. *Egídio Serpa/Diário do Nordeste/09 de Fevereiro de 2024. 

"Nos últimos anos tivemos muitos problemas climáticos que afetaram nossa produção. O uso de novas tecnologias tem foco, principalmente, na melhoria do sabor dos nossos produtos".

Smart Agri para agricultores inteligentes - O segmento Smart Agri da FRUIT LOGISTICA cresce ano após ano, refletindo a importância das soluções digitais para a indústria agrícola.

James Paterson cresceu numa quinta perto da Cidade do Cabo e descobriu em primeira mão os desafios que os agricultores locais e a sua família enfrentavam. Formou-se para se tornar engenheiro de aviação no MIT de Boston, mas regressou à África do Sul para fundar a Aerobotics, uma empresa que ajuda os agricultores a maximizar os seus rendimentos com ferramentas inteligentes. "Queria colocar as tecnologias que aprendi recentemente para usar na lavoura", diz.

Combinar métodos agrícolas tradicionais com soluções modernas é a missão de todos os expositores do segmento Smart Agri no Hall 3.1. Entre eles está a Source.ag, empresa que participa pela primeira vez. "Comercializamos serviços de IA para o setor de estufas. Smart Agri nos atende perfeitamente. Existem tantas soluções diferentes em oferta aqui. O foco não está apenas em software, mas em máquinas inteligentes, e tudo está interligado", afirma Helen Brunemann, head de marketing.

Soluções inteligentes oferecem apoio - As tecnologias digitais estão a tornar-se cada vez mais importantes para a agricultura. "Um dos maiores desafios dos nossos tempos é fornecer alimentos a um número crescente de pessoas", afirma Alexandra Prümke, gestora de mercado da FRUIT LOGISTICA. Para além da necessidade de expandir a produção agrícola, os recursos naturais, como a terra e a água, estão diminuindo. Ao mesmo tempo, os efeitos das alterações climáticas estão destruindo as colheitas e a aumentando os riscos de produção.

As tecnologias inteligentes ajudam os agricultores a maximizar a sua produção, ao mesmo tempo que o seu trabalho se torna mais eficiente, rentável e sustentável. As tecnologias vão desde a gestão do clima de estufa, posicionamento controlado por GPS e sistemas de comunicação para cultivar a terra e espalhar pesticidas, até robôs para extrair ervas daninhas e colher maçãs.

O número de expositores dobra - Alexandra Prümke está convencida de que "as novas tecnologias mudarão o negócio". Os processos e métodos de produção digitalizados individuais já se tornaram rotina em muitas fazendas. Esta tendência também se reflete na FRUIT LOGISTICA. A feira apresentou Smart Agri como um novo tema em 2022, e os expositores crescem ano a ano.

A novidade deste ano é o palco que recebe 22 expositores que, tendo como slogan 'Farming Forward', apresentam as suas soluções. Eles incluem testes não invasivos de frutas usando imagens espectrais, tecnologia de IA para estimar a produção de frutas, monitoramento digital e previsão do número de insetos e uma plataforma de irrigação automatizada sem fio. James Paterson, da Aerobotics, também esteve presente na quinta-feira, assim como Rien Kamman, CEO da Source.ag. "Nosso CEO tem um ótimo desempenho. Tento empurrá-lo para o palco sempre que possível", diz Helen Brunemann.

Agricultura inteligente, IA, tecnologias digitais, Sustentabilidade, inovação, robôs - As tecnologias digitais estão se tornando cada vez mais importantes para a indústria agrícola e alimentar.

Plataforma de lançamento para o crescimento - Um número recorde de países da região MENA está representado na FRUIT LOGISTICA. Três recém-chegados falam sobre o que impulsiona o crescimento da sua empresa e por que foram expor em Berlim

No stand de Ghassan e Dalia Awdi quase não há tempo para recuperar o fôlego - os clientes ocupam as duas mesas e há outros à espera para ocupar o seu lugar. No dia anterior, o embaixador libanês esteve presente para agradecer-lhes pelo seu trabalho. Juntamente com o tio, os irmãos são a terceira geração a gerir Awdi Gardens (foto abaixo), uma plantação de uvas no Vale do Bekaa. "Nosso avô começou a cultivar uva de mesa, desde quando nossa família atua no ramo, mas apenas localmente", diz Ghassan Awdi. "Mas então descobrimos o potencial das uvas de mesa libanesas no mercado mundial e, nos últimos quatro anos, exportamos enormes quantidades e crescemos exponencialmente."

Uvas de mesa do Vale do Bekaa - Os dois irmãos são cidadãos norte-americanos e brasileiros. Estudaram no Reino Unido e viveram e trabalharam em vários países. "Mas decidimos investir o nosso dinheiro no Líbano, para continuar a gerir o negócio da família e, ao fazê-lo, dar um futuro económico a outros jovens libaneses", diz Dalia Awdi. Os Awdis já contam com cerca de 500 funcionários, a maioria deles em postos de embalagem e outros nas plantações. Eles também cooperam com outras 20 fazendas. No contexto da crise económica no Líbano e das tensões na região local, é um impulso importante - o embaixador tinha boas razões para lhes fazer uma visita.

Em 2024, a Awdi Gardens - ou melhor, a sua empresa exportadora ETS Awdi Enterprise - expõe pela primeira vez na FRUIT LOGISTICA. "Temos vontade de expandir no cenário internacional e às vezes seguir caminhos inusitados", afirma Ghassan Awdi. "A maioria das empresas começa a exportar para os mercados do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), mas temos os mercados globais na nossa mira. Vendemos nossas uvas para a Nigéria e a Malásia e, enquanto estivemos aqui, estabelecemos ligações com o Canadá e as Filipinas. Vemos também um mercado na Europa, por exemplo, para cerejas, kiwis e ameixas."

Batatas para salada egípcias para a Europa - "Para nós, como feira internacional, os países da região MENA são um mercado fascinante onde podemos ver potencial para nós", afirma Kai Mangelberger, diretor da FRUIT LOGISTICA. "Saudamos o forte aumento na participação desta região." 270 expositores do Médio Oriente e Norte de África (região MENA) estão na FRUIT LOGISTICA este ano, ocupando uma área de exposição recorde - uns bons 20 por cento maior do que em 2023 e muito maior do que antes da pandemia. Só as exibições do Egito aumentaram mais de 30 por cento, com 93 expositores representando o país. Entre eles está o Grupo Domiatec Agri, que expõe pela primeira vez na FRUIT LOGISTICA. "Eu administro a nossa empresa familiar de segunda geração", explica Ahmed-Sameh El Domiaty. "Somos o importador número um de batatas para salada para o Egito. Agora é a altura do nosso próximo passo: temos diversas variedades de batatas de qualidade, por exemplo batatas para salada e batatinhas que exportamos para a Europa. Queremos expandir esse ramo de negócios."

Tâmaras de superalimento da Arábia Saudita - A área de exposição ocupada pela Arábia Saudita também cresceu significativamente. Onze expositores estão exibindo suas tâmaras frescas e produtos de tâmaras sob a égide do National Center for Palms & Dates. "As tâmaras fazem parte da nossa cultura, temos 300 variedades em nosso país e são um superalimento", afirma o gerente de marketing Abdullah F. Alyahya. "A procura está a crescer especialmente na Alemanha." No entanto, de acordo com pesquisas, houve também um interesse crescente em toda a Europa, disse ele.

produtor, legumes, frutas, comércio Dalia e Awdi Ghassan, Jardins Awdi - *Fruit Logística 2024/Informações da Feira