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Oportunidade para refinar o cultivo da noz-pecã

Curso que será realizado no final de semana, na sede da Farsul, em Porto Alegre, pretende trazer ao produtor informações sobre manejo e mercados para a fruta


Cultivo em expansão no Rio Grande do Sul, a pecanicultura chama atenção do produtor rural, que procura se qualificar para um mercado de exportação cada vez mais ávido. Pensando nisso, o Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) promove nesta semana, entre os dias 28 e 29 de abril, na sede da Farsul, em Porto Alegre, o segundo curso " Pós-colheita, Preparação e Padrões de Qualidade da Pecan com Casca e Descascada".

A programação do curso contempla informações sobre os cuidados no pós-colheita da noz-pecã, como secagem, classificação e embalagem, com vistas a atender as exigências dos mercados interno e, principalmente, externo. Também serão abordadas questões como a classificação por qualidade, as normas internacionais para exportação e para certificação no mercado internacional. 

O presidente do IBPecan, Eduardo Basso, destaca a importância da participação no curso dos produtores com propriedades de todos os portes,inclusive pequenas. "A pecanicultura brasileira está crescendo no mercado interno e começando a exportar para países da Europa e Oriente Médio. Nesse contexto, o aumento de produção previsto para os próximos anos será uma grande oportunidade para todos. Mas para isso, é preciso construir um modelo de gestão profissionalizado", alerta ele.

 

Na safra de 2023, o Brasil deve colher 7 mil toneladas de noz pecã, 5 mil toneladas apenas no Rio Grande do Sul. 

SERVIÇO:

O quê: 2º Curso Técnico Teórico e Prático: Pós-colheita, Preparação e Padrões de Qualidade da Pecan com Casca e Descascada

Data: 28 e 29 de abril (sexta-feira e sábado)

Horário: 8h30 às 16 horas

Local: Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, na Praça Professor Saint Pastous, 125, Cidade Baixa, Porto Alegre/RS

Instrutor: Engenheiro agrônomo Mariano Marcó (Argentina)

Mais: Telefone (51) 99829-1140 - [email protected] - www.ibpecan.org

Safra gaúcha de noz-pecã chegará a 5 mil toneladas neste ano - Abertura oficial da colheita da fruta ocorreu meados de abril em Santa Maria, e confirma Rio Grande do Sul como o maior produtor do Brasil - Maior produtor de noz-pecã do Brasil, o Rio Grande do Sul celebrou dia 14/04, a sua 5ª Abertura Oficial da Colheita, desta vez na Fazenda Santa Leocádia, na localidade de Santa Flora, distrito de Santa Maria. A propriedade do pecanicultor Eduardo Klumb tem 130 hectares de nogueiras plantadas e deve recebe autoridades para a cerimônia.

Atualmente, são plantados nos três estados do Sul cerca de 11 mil hectares de nogueira, dos quais, explica o presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Eduardo Basso, 6 mil são produtivos. A expectativa é de que a safra chegue a 7 mil toneladas de frutas, 5 mil toneladas apenas no Rio Grande do Sul. Basso esclarece que a produção de noz-pecã não passou incólume pela estiagem. Embora a cultura não tenha registrado prejuízos quanto à produtividade das árvores, a falta de chuva afetou o calibre das frutas, fazendo com que tenham menor peso.

O dirigente ressalta que a colheita segue de abril até final de junho e que neste ano os produtores colhem o máximo de cada árvore. Segundo ele, o ciclo da nogueira determina que a árvore produza menos em um ano e mais no ano seguinte, o que justifica a colheita de quase 1 mil toneladas menor na safra do Rio Grande do Sul no ano passado.

O presidente do IBPecan diz ainda que a maior parte da produção de noz-pecã do Brasil é consumida no país, mas ressalta que a fruta tem mercado para exportação, cujo volume alcançou, em 2021, 450 toneladas, e, em 2022, 250 toneladas. "Neste ano, devemos ter um excedente de produção perto de 1,3 mil toneladas e teremos de procurar novos mercados", completa. Mesmo tendo alta durabilidade, se comparada a outras frutas, a noz-pecã exige o armazenamento em câmaras frias, onde pode ser conservada por até um ano e meio.

De acordo com o coordenador das câmaras temáticas da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Paulo Lipp, a cultura da noz-pecã segue em expansão, sendo já  a oitava fruta mais plantada no Estado. De acordo com Lipp, os produtores agora trabalham com medidas agronômicas para conseguir driblar a produção alternada, a partir da melhora da nutrição e irrigação das plantas. *Correio do Povo/RS - Nereida Vergara

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