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Vale do Ribeira (SP) sedia eventos da cultura da bananeira

O BananaFIT tem como propósito difundir amplamente as mais recentes tecnologias voltadas para o combate de doenças e pragas endêmicas que afetam a bananicultura


Pela segunda edição consecutiva, a Embrapa Mandioca e Fruticultura realiza o Workshop sobre Fitossanidade na Cultura da Bananeira (BananaFIT), principal evento sobre fitossanidade da cultura no País, fora de suas dependências, em Cruz das Almas (BA). Dessa vez, o workshop, em sua quinta edição, vai acontecer junto com a 13ª Feira Nacional da Bananicultura (Feibanana), em Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira (SP), de 13 a 15 de maio, em uma parceria com a Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira (Abavar). São Paulo destaca-se pelos plantios concentrados nessa região, o que permite que as colheitas alcancem o maior mercado consumidor de toda a América Latina em menos de quatro horas. 

O BananaFIT reúne pessoas de várias localidades do Brasil, entre engenheiros-agrônomos e profissionais atuantes na defesa vegetal, professores de nível superior, pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, consultores e representantes de empresas produtoras de defensivos químicos e biológicos. Integra os diversos agentes ligados à fitossanidade na cultura para discussões sobre experiências, estratégias de convivência e ameaças ainda não presentes no território nacional. A grade técnica será composta por profissionais de destacada atuação no Brasil e no mundo no enfretamento dessas ameaças de ordem biótica e também os diferentes estresses abióticos que muitas vezes se constituem em portas de entrada de importantes patógenos para a cultura.

"O BananaFIT tem como propósito difundir amplamente as mais recentes tecnologias voltadas para o combate de doenças e pragas endêmicas que afetam a bananicultura. Para isso, busca fomentar o intercâmbio científico e tecnológico entre pesquisadores, profissionais do setor e produtores. O evento destacará avanços inovadores com foco na fitossanidade da bananeira, oferecendo uma programação diversificada que inclui palestras ministradas por especialistas renomados e demonstrações práticas em campo. Essas atividades vão proporcionar uma interação direta entre o público e os especialistas, possibilitando a troca de conhecimento e a aplicação de soluções eficazes na produção da bananeira", pontua o pesquisador Fernando Haddad, coordenador do BananaFIT.

O primeiro dia (13), a partir das 12h, e a manhã do dia 14 serão dedicados à programação da Feibanana, com exposição de veículos, maquinários, insumos, produtos agrícolas e artesanatos no Centro de Eventos, entre outras atividades relacionadas a soluções inovadoras e ações socioeducativas. A solenidade de abertura será às 20h, no auditório principal. O BananaFIT será aberto oficialmente às 13h30 do segundo dia (14). 

Quinta edição - O BananaFIT vai começar no dia 14 com duas palestras de especialistas internacionais. A primeira será sobre epidemiologia e manejo da sigatoka-negra da bananeira, com o pesquisador Mauricio Guzmán, da Cropland Biosciences (Costa Rica). A segunda, sobre manejo integrado de sigatoka no México, será apresentada pelo pesquisador Mario Orozco-Santos, do Instituto Nacional de Investigações Florestais Agrícolas e Pecuárias (Inifap). O engenheiro-agrônomo Wilson da Silva Moraes, da Superintendência Federal de Agricultura do Estado de São Paulo (SFA-SP/Mapa), vai falar sobre manejo da sigatoka-negra no Vale do Ribeira e seus principais desafios.

Na parte da tarde, Guzmán volta para mais uma palestra, dessa vez sobre doenças foliares com efeito direto sobre os frutos: mancha-losango, pinta de Deightoniella, mancha de Cloridium e mancha de Cladosporium. Ele vai dividir a apresentação com o pesquisador da Universidade de Costa Rica César Guillén. O analista Leandro Rocha, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, encerra as apresentações do dia com exposição sobre manejo integrado de nematoides na bananeira.

O último dia do evento (15) começa com o dia de campo na área experimental da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta Regional - Vale do Ribeira), com estações sobre manejo de sigatoka-negra (Maurício Guzmán, Mário Orozco-Santos e Wilson da Silva), nematoides (Leandro Rocha e Mónica Vásquez, pesquisadora da Corporação Colombina de Investigação Agropecuária - Agrosavia) e moleque-da-bananeira (César Guillén e Fernando Haddad). A estação sobre variedades e manejo da murcha de Fusarium estará a cargo dos pesquisadores Edson Perito Amorim e Fernando Haddad (Embrapa Mandioca e Fruticultura) e Edson Nomura (Apta Regional Vale do Ribeira). 

A parte da tarde será preenchida pelo painel "Murcha de Fusarium em bananeiras (raça 1 e raça 4 tropical) e pragas emergentes". A primeira palestra é de Ricardo Hilman, da Coordenação-Geral de Proteção de Plantas (CGPP/Mapa). Em seguida, Mónica Vásquez vai abordar a situação das ações de contingência para a raça 4 tropical de Fusarium (R4T) na Colômbia e tecer um panorama de R4T no mundo. Fernando Haddad e Edson Perito Amorim vão falar, respectivamente, sobre manejo integrado da murcha de Fusarium raças 1 e 4 subtropical no Brasil e o programa nacional de melhoramento genético da bananeira. Mónica Vásquez volta para comandar a última apresentação, sobre moko bacteriano e pragas quarentenárias. O evento vai se encerrar após mesa-redonda com os palestrantes e espaço para perguntas, mediada pela Apta Regional.

Panorama da produção - O Brasil é o quarto produtor mundial de banana, atrás da Índia, China e Indonésia, e a produção tem se estabilizado acima das 6,8 milhões de toneladas. A banana é cultivada por grandes, médios e pequenos agricultores nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal - atualmente, São Paulo, Bahia e Minas Gerais são os principais estados produtores. Está presente na dieta diária da população brasileira, sendo a fruta mais consumida in natura do País.

A comercialização de bananas e plátanos compõe relevante fatia econômica do agronegócio da fruticultura tropical. Esse cenário encontra-se constantemente ameaçado pelas principais doenças e pragas como a murcha de Fusarium, a sigatoka-negra e a sigatoka-amarela, moko da bananeira e broca-do-rizoma (moleque-da-bananeira). Não bastassem esses patógenos já de conhecimento de todos que trabalham com a cultura, observa-se a ameaça de pragas nas cercanias do território brasileiro, como a raça 4 tropical de Fusarium, ainda não identificada no País.

Serviço:

Evento: 13ª Feira Nacional da Bananicultura (Feibanana) e V Workshop sobre Fitossanidade na Cultura da Bananeira (BananaFIT)

Local: Centro de Eventos de Pariquera-Açu - Rua Pariquera, S/N - Centro - Pariquera-Açu - Vale do Ribeira (SP)

Inscrições aqui.   Programação completa aqui.

*Alessandra Vale/Embrapa Mandioca e Fruticultura - Telefone: 75 3312-8160 - mandioca-e-fruticultura.imprensa@embrapa.br

 

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