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Morango de Nova Friburgo aposta no cultivo suspenso

Em Nova Friburgo, na Região Serrana, produtores de morango comemoram os resultados dos investimentos em novas tecnologias. A introdução do cultivo for


Em Nova Friburgo, na Região Serrana, produtores de morango comemoram os resultados dos investimentos em novas tecnologias. A introdução do cultivo fora do solo vem ganhando adeptos entre os membros da Associação dos Produtores de Morango de Nova Friburgo (Amorango). O incentivo e o financiamento para sua implantação vem sendo feitos pelo Frutificar, programa da secretaria estadual deAgricultura para fomento da fruticultura irrigada no território fluminense, executado com o apoio da Emater-Rio.

Proprietário de três áreas de cultivo nas localidades Vendas das Pedras e Salinas, José Luiz Brantes, vice-presidente da Amorango, escoa sua produção integralmente para o Rio de Janeiro e para o mercado local. O plantio de morango suspenso começou em junho desse ano, bem próximo da agroindústria de geleias da família. Antes, no entanto, foi necessária a adaptação de uma área de quase 600 m² para a construção de três estufas, que receberam cerca de 6 mil mudas da variedade americana San Andreas. "Estamos fazendo a migração gradativa do sistema de produção. Nossa proposta é trabalhar integralmente com essa tecnologia, que já proporcionou a diminuição de 70% do uso de defensivos químicos na lavoura", explicou o produtor, que aplicou recursos financeiros do Frutificar e investimento próprio na adoção do novo sistema.

Na localidade Barracão dos Mendes, o produtor Harunori Oki, conhecido popularmente como Júlio, começou a adotar o cultivo suspenso em julho, introduzindo 13 mil pés das variedades San Andreas, Camino Real, Monterey e Albion em cinco estufas.

"Fiquei 10 anos sem produzir morango. Voltei há cinco por que as condições de produção e também do mercado tornaram-se mais atrativas. Hoje vendo tudo para o Rio", disse.

Para o gerente estadual de Fruticultura da Emater-Rio, Martinho Belo, a tecnologia possui inúmeras vantagens para os morangueiros e também para as famílias de agricultores. "A produtividade é maior do que a obtida com o método convencional, devido ao controle mais eficiente de pragas e, consequentemente, pela menor perda do alimento. Outra vantagem é poder realizar o trabalho em pé e em qualquer condição climática", explicou.

Por meio de linha de crédito específica para financiamento de projetos, com juros de 2% ao ano, o Frutificar também incentiva - com assistência técnica e apoio à comercialização - a produção de abacaxi, goiaba, coco, pêssego, banana, laranja, tangerina, uva e limão. * Jornal do Brasil

 

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