Um novo projeto de pesquisa australiano busca substituir fungicidas químicos por luz ultravioleta para combater o oídio. A iniciativa de quatro anos é cofinanciada pela Hort Innovation Frontiers e liderada pelo Departamento de Indústrias Primárias de Queensland (QDPI).

O estudo avaliará a tecnologia de luz UV-C em morangos, pimentões, cucurbitáceas e uvas de mesa, com o objetivo de ajudar os produtores a reduzir custos e melhorar a sustentabilidade. 

Luz ultravioleta como uma abordagem não química - O projeto validará a eficácia do tratamento com luz UV-C sob diferentes condições e analisará os requisitos de dose e os mecanismos biológicos de tolerância à UV-C em populações de oídio para determinar os níveis ideais de aplicação.

A Hort Innovation destacou que o uso excessivo de fungicidas pode levar à formação de cepas resistentes de fungos e a custos elevados devido às aplicações frequentes. A luz UV-C oferece uma abordagem não química que promove práticas agrícolas sustentáveis, aumenta a produtividade e minimiza os danos aos insetos benéficos e ao meio ambiente.

Eduardo Barbosa, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Hort Innovation , comentou que, com a alta dos preços, os produtores buscam maneiras de reduzir custos e obter mais lucro com menos insumos. "Essa tecnologia pode gerar economia em um momento em que os custos estão mais altos", disse ele.

No caso específico da Austrália, de acordo com o Manual de Estatísticas de Horticultura Australiano para o ano fiscal de 2023/24, a indústria local de morango produziu 80.741 toneladas no ano passado, o que significa que mais de 24.000 toneladas (30% da produção) podem ser perdidas anualmente devido a essa doença se não for prevenida.

O projeto envolverá dois parceiros internacionais de tecnologia, fornecendo equipamentos de teste de ponta, incluindo sistemas robóticos e montados em tratores que aplicam luz UV. *PortalFruticola - 24/10/20285.