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A manga brasileira com foco na qualidade

Há alguns anos que temos vindo aumentar a produção de mangas sem fibras, as variedades Kent e Keitt, que são as variedades mais apreciadas pelos mercados europeus e asiáticos


Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, processados ??pelo Observatório do Mercado de Manga da Embrapa, o Brasil registrou um aumento de 15% no volume de exportações em 2023, atingindo aproximadamente 266 mil toneladas.

Neste contexto, a manga brasileira tem desfrutado de uma boa posição comercial nos mercados internacionais devido à sua estratégia de sucesso baseada na qualidade e internacionalização.

A engenheira agrônoma Ana Emília Medeiros, gerente da empresa Agrobras, empresa familiar dedicada à manga e uva de mesa, localizada no Vale do São Francisco, em Petrolina, Brasil, explicou que o setor brasileiro, como em geral, passou pelos últimos três anos grandes dificuldades. "Trabalhávamos com preços muito altos para fertilizantes importados, os preços das embalagens e dos fretes também eram muito altos, e tínhamos preços de venda muito baixos para os mercados dos Estados Unidos e da Europa. Então esse ano é muito importante para a manga brasileira, porque pela primeira vez estamos tendo espaço e preços muito bons. "Estamos muito felizes, é o nosso ano de exportação de manga."

Desafio - Sobre os desafios enfrentados atualmente pela manga brasileira, Medeiros indicou que "temos um enorme desafio que é colher frutas com graus brix mais elevados, que sejam mais saborosas e apetitosas, principalmente para os consumidores norte-americanos".

Estratégia - Medeiros destacou que a gestão de volume no mercado prioritário é o continente europeu, "trabalhamos muito com Espanha, Portugal, França e Itália. Então o mercado norte-americano também é um grande mercado. E agora estamos crescendo também no mercado asiático, que é muito dinâmico."

Ela acrescentou que "a manga brasileira, sem dúvida, está crescendo. Há alguns anos que temos vindo aumentar a produção de mangas sem fibras, as variedades Kent e Keitt, que são as variedades mais apreciadas pelos mercados europeus e asiáticos, como o Japão, por exemplo. Então estamos trabalhando para crescer mais nesses mercados nos próximos anos. Além disso, temos mangas com ótima qualidade e excelente segurança alimentar, e isso nos ajuda muito na comercialização."

Qualidade - Medeiros juntamente com o pesquisador brasileiro Dr. Ítalo Cavalcante concordam sobre a importância da criação de um selo de qualidade. Como explicaram ambos, "uma marca de qualidade serviria para nos diferenciar dos nossos concorrentes nos mercados internacionais. Com uma marca de qualidade, em que promovemos mangas do Vale do São Francisco, poderíamos ter grandes vantagens e isso nos ajudaria a conquistar mais consumidores finais."

"Com esse selo de qualidade, poderíamos avançar para ensinar aos consumidores como consumir as mangas brasileiras da forma correta, com o ponto de maturação ideal, e assim eles teriam uma experiência fenomenal com as nossas mangas", disse a engenheira agrônoma Ana Emília Medeiros." *PortalFruticola - 29/03/2024

 

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