Notícias do Pomar

A revolução da fruticultura sustentável: tendências e inovações

O setor de fruticultura no Brasil está em expansão, destacando-se por promover a sustentabilidade, preservar a biodiversidade, gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento regional


A Fruticultura brasileira produz cerca de 45 milhões de toneladas ao ano. Devido às boas condições climáticas e de solo, o país possui uma grande diversidade de frutas, produzidas o ano todo, de acordo com as características dos biomas.

A prática de cultivo de frutas baseia-se nos princípios da sustentabilidade econômica, social e ambiental. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), só em 2021 o país exportou mais de 40 espécies, batendo um recorde de 1 bilhão de dólares. O principal destino foi a União Europeia, que rendeu ao Brasil 52,6% das  vendas.

Apesar do notável crescimento na produção, a Fruticultura brasileira, que emprega cerca de 5 milhões de pessoas, representa apenas uma pequena fatia do mercado global. Isso abre oportunidades de investimento para agricultores visando expandir o setor e aumentar os lucros nacionais.

A agricultura orgânica, elemento essencial da sustentabilidade, tem espaço para crescer no Brasil em comparação com outros países, como República Dominicana, Equador, Peru e Colômbia. Isso aponta para oportunidades de desvendar novos mercados e atividades ainda não totalmente exploradas. Fonte: https://agriculture.ec.europa.eu

Expansão de mercado - Embora o Brasil seja o terceiro maior produtor mundial de frutas, atrás apenas da China e da Índia, suas exportações ainda estão em estágio inicial. Cerca de 95% da produção atende ao mercado interno, havendo potencial para aumentar as exportações.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o país possui um grande potencial para expandir a produção, o período de oferta e a participação no cenário global. A fruticultura ocupa apenas 0,3% do território, em comparação com os 7,8% ocupados por lavouras. Mesmo assim, gerou um aumento de 9% nos empregos formais ligados à agropecuária. Portanto, este é um momento propício para aqueles que desejam ingressar no setor de fruticultura e contribuir para o aumento do número de exportações.

O histórico de produção das principais frutas, entre elas manga, melão, uva, limão, maçã, melancia e mamão, evidencia um crescimento da produtividade, conforme aponta a Abrafrutas. Num período de 10 anos, de 2010 a 2020, a produção de mangas cresceu 32%, enquanto a área cultivada foi reduzida em 6%; isso representa alta de 40,3% na produtividade. 

Fruticultura consciente: produzindo com responsabilidade e sustentabilidade - O mercado internacional de fruticultura é altamente competitivo, exigindo elevados padrões de qualidade na produção e comércio para se destacar. O Brasil está se consolidando como fornecedor de frutas sustentáveis, exigindo certificações independentes e de terceiros para demonstrar compromisso com atributos ambientais, sociais e de gestão.

A divisão de alimentos da QIMA, representada pela QIMA/WQSQIMA/IBD e QIMA Produce, é uma referência sólida e abrangente para o setor alimentício, oferecendo certificações amplamente reconhecidas pela GFSI (Global Food Safety Initiative) e Inspeções, garantindo os mais elevados padrões de qualidade e conformidade. 

Maximizando oportunidades e credibilidadeA adoção dessas práticas eleva a qualidade e competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional, posicionando o país como um dos principais fornecedores de frutas e elevando a visibilidade e prestígio das companhias no mercado internacional.

A obtenção das certificações exige o cumprimento rigoroso das normas de controle de defensivos. Para Alexandre Harkaly, diretor de Integração Estratégica da QIMA IBD, "os padrões orgânicos podem eventualmente ser implementados para todas as práticas agrícolas. Ir além para preservar a saúde do solo, construir sistemas biodiversos, economizar água e atuar positivamente no social, além de atender às demandas prioritárias dos colaboradores, deve ser o objetivo de todos os agricultores", afirma.

A QIMA destaca-se na vanguarda dessas certificações, reforçando o compromisso com padrões elevados de produção sustentável. Esta abordagem não apenas beneficia os clientes, mas também posiciona a empresa como líder na promoção de práticas agrícolas éticas e ecológicas. *Food Safety Brazil  https://foodsafetybrazil.org/a-revolucao-da-fruticultura-sustentavel-tendencias-e-inovacoes/)

 

Exportações de frutas da Bahia superam R$ 1 bi até novembro - Em comparação com o mesmo período de 2022, o aumento já é de 37% no montante movimentado

Dados do sistema de acompanhamento de comércio exterior do Ministério da Agricultura e Pecuária (Agrostat/Mapa), divulgados pela Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), mostrou que até o mês de novembro deste ano, produtores baianos embarcaram para o exterior 170 mil toneladas de frutas, gerando um fluxo financeiro de R$ 1,05 bilhão, tendo como base a cotação do dólar desta terça-feira (19).

Em comparação com o mesmo período de 2022, o aumento já é de 37% no montante movimentado. Quanto ao volume exportado, a alta é de 19%.

De todas as frutas produzidas na Bahia, o destaque fica para a manga (alta de 46% em valor e 22% em volume) e a uva (alta de 45% em valor e 31% em quantidade). 

Bahia recebe R$ 26 milhões para fomento ao setor agropecuário - De acordo com a Seagri, também houve embarques maiores de abacaxi, damasco, figo, goiaba, mamão, melancia, limões e limas. "Os principais destinos das frutas baianas seguem sendo Europa e Estados Unidos. Estamos suprindo mercados que antes compravam do Peru e Equador, por exemplo. Mas como esses produtores estão sofrendo com o calor excessivo, a produção não tem tido a qualidade exigida, abrindo as portas para o Brasil. E, aqui na Bahia, temos frutas de qualidade, que cumprem rigorosas exigências fitossanitárias e podem acessar diversos mercados, como tem acontecido", pontua Wallison Tum, titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia. 

Abertura de novos mercados - De acordo com a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas), fora essa questão pontual de 2023, os governos Estadual e Federal e entidades representativas do setor, têm feito, ultimamente, um trabalho muito focado em abertura de novos mercados para as frutas brasileiras, com o objetivo de aumentar a diversificação de destinos. Em outubro, uma comitiva da Bahia, participou da maior feira de Fruticultura do mundo, realizada na Espanha. *Abrafrutas

Em entrevista ao Mercado e Companhia nesta quarta-feira (20), Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas disse que pela primeira vez, a feira acontecerá em São Paulo, em 16 a 18 de abril de 2024.

Veja vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=84ZZuMntMbI    

Comentários