No último dia 4 de maio, uma comitiva da Associação de Produtores de Pitaya do Brasil (APPIBRAS) visitou o Vietnã, onde foram recebidos pela Instituição de Pesquisa em Fruticultura Tropical (SOFRI). Fundada em 1994 pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã, a SOFRI desenvolve tecnologias para o cultivo de frutíferas tropicais, incluindo manejo, fertilização, indução floral, pós-colheita e melhoramento genético, além de lançar novas variedades resistentes a pragas e doenças, como as pitayas tolerantes ao cancro. A instituição também assessora fruticultores em protocolos de exportação e coopera tecnicamente com mais de 20 países, sendo a pitaya uma das culturas mais estudadas, com centenas de trabalhos científicos publicados.

Os pesquisadores Dr. Van Son e Dr. Hieu receberam a comitiva brasileira, liderada pelos engenheiros agrônomos Dejalmo Prestes (foto acima) e Ricardo Martins. Eles apresentaram o cenário da produção de pitaya no Brasil e o papel da APPIBRAS, discutindo novos projetos e melhores variedades comerciais. Ricardo Martins atuou como tradutor, facilitando a comunicação. A reunião resultou no início de tratativas para cooperação técnica e intercâmbio de tecnologias, com planos para uma visita de pesquisadores vietnamitas ao Brasil.

Após a reunião, a comitiva visitou plantios de pitayas, observando estratégias de manejo e tecnologias de plantio em pequenas propriedades familiares. Discutiu-se uma doença causada pelo fungo Neoscytalidium dimidiatum, que afetou a produtividade a partir de 2009, mas agora está sob controle com manejos como nutrição adequada e podas sanitárias.

Os pomares visitados tinham tutores individuais e poucas espaldeiras, com suplementação luminosa para produção na entressafra, equilibrando preços. Diversos métodos de irrigação foram observados, como inundação por valas, gotejamento, microaspersão e canhão, para fornecer água, conforto térmico e fertilização.

Segundo Dejalmo Nolasco Prestes, conhecido como Dr Pitaya e diretor da APPIBRAS, os vietnamitas cultivam variedades melhoradas e mais produtivas, muitas modificadas com hormônios para atender ao mercado chinês, que importa 80% da produção. "Desde 2010, a área de plantio de pitayas no Vietnã cresceu, embora a doença do cancro e o cultivo de durian tenham reduzido recentemente a área plantada", explica Dejalmo.

A colheita de pitayas é realizada pelos produtores, e as frutas são entregues a cooperativas para classificação, lavagem e embalagem. Após esse processo, são armazenadas em câmaras frias antes da exportação, garantindo qualidade e padrão dos frutos até chegarem aos mercados externos.  *Duarte Produções - Andréa - 11983605711 - [email protected]