Notícias do Pomar

Encontro em Laranja da Terra discute fruticultura tropical da região

No evento também aconteceu lançamento do livro Cadeia Produtiva do Maracujá no Espírito Santo


Nessas quarta-feira (28) e quinta-feira (29) aconteceu em Laranja da Terra o 1º Encontro Regional de Fruticultura Tropical. Realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e a Prefeitura do município, o encontro debateu temas relacionados às cadeias produtivas da graviola, goiaba, pitaia, maracujá e uva.

Durante o evento foram abordados temas como o sistema de produção da graviola, o mercado, a comercialização e as potencialidades da fruta no Estado. Sobre a goiaba as discursões foram em torno do problemas abióticos na cultura e características das cultivares Cortibel e demais variedades. O mercado e a comercialização da fruta também foram debatidos. Cultivares e Sistemas de Produção da Pitaia  e o sistema de produção de uva também foram discutidos.

Lançamento - Durante o evento, as pesquisadoras do Incaper, Edileuza Aparecida Vital Galeano, doutora em Economia; e Sara Dousseau, doutora em Agronomia/Fisiologia Vegetal, realizaram o lançamento do livro: 'Cadeia Produtiva do Maracujá no Espírito Santo', aproveitando o espaço e a oportunidade de levar o conteúdo aos produtores e profissionais ligados à cultura.

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa); Idaf, e as empresas Frucafé e Peterfrut, apoiaram o encontro de Fruticultura

De acordo com Edileuza Aparecida Vital Galeano, autora da publicação, a pesquisa da cadeia produtiva da fruticultura mostrou que o maracujá é a fruta com maior volume processado entre todas as frutas pesquisadas. Na amostra de 21 agroindústrias que que têm como base o maracujá, foram processadas cerca de 8,4 mil toneladas, representando cerca de 50% da produção capixaba da fruta.

"Percebemos, no entanto, que cerca de 70% do maracujá processado nas agroindústrias capixabas vêm de outros Estados. Isso mostra que há uma demanda não atendida pela produção capixaba e que há espaço para ampliar a produção", explica a pesquisadora do Incaper. *Assessoria de Comunicação/Incaper

A pesquisa ainda estima, considerando todas as agroindústrias atuantes no Espírito Santo, que o volume processado de maracujá pode ser em torno de 11,3 mil toneladas.

Vazio sanitário do maracujá vai de 1º a 31 de julho em municípios do Litoral Norte do Rio Grande do SulNo período de 1º a 31 de julho de cada ano, produtores de municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul estão impedidos de cultivar ou implantar pomar de maracujazeiro-azedo (Passiflora edulis), bem como manter ou permitir a presença de plantas vivas de maracujazeiro-azedo em qualquer fase de desenvolvimento. É o vazio sanitário da cultura, estabelecido pela Instrução Normativa N° 13 da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (29/6). A medida é válida para os municípios de Arroio do Sal, Capão da Canoa, Dom Pedro de Alcântara, Itati, Mampituba, Maquiné, Morrinhos do Sul, Terra de Areia, Torres, Três Cachoeiras e Três Forquilhas.

Segundo o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, o objetivo principal do vazio sanitário é o controle de vetores da virose do endurecimento dos frutos do maracujazeiro causada pelo Cowpea aphid-borne mosaic virus. "Essa é a mais importante virose do maracujazeiro em termos mundiais e pode se tornar fator limitante para o desenvolvimento da cultura no Rio Grande do Sul, como já ocorreu em outras regiões do país", destaca o engenheiro agrônomo.


Felicetti explica que o controle da doença é dificultado, principalmente, porque as espécies de maracujá exploradas comercialmente não são resistentes ao vírus ou tolerantes à doença. "E ela reduz a vida útil dos pomares de 36 para 18 meses", pondera. "Precisamos fortalecer a economia e o bem-estar dos produtores rurais gaúchos, e compete ao Estado estabelecer medidas fitossanitárias para assegurar e preservar a sanidade dos vegetais".

Outros fatores apontados para a instalação do vazio sanitário foram a importância crescente da cultura do maracujá para a agricultura familiar gaúcha e sua viabilidade de produção em pequenas áreas; e a importância econômica adquirida pela cultura nos municípios do Litoral Norte do Estado.

Felicetti alerta que todos os produtores de maracujá-azedo do Rio Grande do Sul deverão efetuar o cadastro de sua produção no Sistema de Defesa Agropecuária da Seapi. *Darlene Silveira/Fotos: Fernando Dias/Seapi - Mais - www.agricultura.rs.gov.br

 

Comentários