Por sua ampla diversidade de climas, altitudes, solos, luminosidades, recursos hídricos, inovações, entre outros fatores, o Brasil, com a oferta 45 milhões de toneladas de frutas, ocupa o 3º lugar em nível mundial e superado apenas pela China e Índia. Em 2019, a produção mundial de frutas foi de 883,4 milhões de toneladas (FAO). O Brasil é 1º produtor de laranja e exportador de suco.

A fruticultura abrange uma área 2,5 milhões de hectares ou apenas 0,29% do território brasileiro e gerando 5,5 milhões de empregos diretos, sendo que as exportações de frutas frescas foram de US$ 1,26 bilhão em 2021. É interessante assinalar que o município de Mossoró (RN), no semiárido, sedia a maior fazenda produtora de melão do mundo!

Em 2021, as ofertas de laranja, banana e uva alcançaram um Valor Bruto da Produção (VBP) R$ 37,3 bilhões no mercado interno e resultando da colheita de 25,3 milhões de toneladas, 56,2% da produção total de frutas, o que determinam, sem dúvida alguma, eficiente gestão das tecnologias geradas pela pesquisa.

Minas Gerais é o 4º produtor de frutas. São 143 mil hectares, sendo 130 mil hectares em produção e 13 mil em formação ou apenas 0,24% do território mineiro empregando mais de 500 mil pessoas, direta e indiretamente, nas diversas regiões produtoras numa pauta diversificada de ofertas de frutas in natura, processadas, e visando ao abastecimento interno e às exportações.

"Segundo o coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, engenheiro agrônomo Deny Sanábio (MS), o Circuito Frutificaminas, dados de 2022, revela que nos últimos 12 anos foram realizados 116 eventos técnicos regionais, com capacitação de 12,7 mil fruticultores de 498 municípios mineiros. 

Os objetivos gerais são: socialização das tecnologias, aumento da produção, produtividade e qualidade das frutas, comercialização, manutenção e geração de novos empregos e num trabalho integrado entre prefeituras municipais, fruticultores, pesquisadores, extensionistas, universidades, políticas públicas num elenco de outras diversificadas parcerias públicas e não governamentais, entre outras abordagens de cenários e oportunidades".

E mais, vejamos alguns dados resumidos sobre a fruticultura estadual em relação ao Brasil, e cujos detalhamentos podem ser acessados no "Perfil da Fruticultura Mineira/Seapa-MG: 1º lugar; marmelo e moranguinho de mesa; 2º lugar, abacate, tangerina e limão; 3º lugar, abacaxi, banana; 4º lugar, manga; e 5º lugar, maracujá.

Além disso, algumas produções regionalizadas de frutas; abacate, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, 76,3%; abacaxi, Triângulo Mineiro, 94,7%; banana, Norte e Sul de Minas, 70,2%; caqui, Sul de Minas e Central, 97%; figo, Sul de Minas, 98,9%. Vale ressaltar que 70,0% das frutas com caroço (pêssego, ameixa, nectarina, entre outras) são produzidas no Sul de Minas e Campos das Vertentes.

E mais, goiaba, Zona da Mata e Norte, 60,0%; laranja, Triângulo Mineiro e Sul de Minas, 85,0%; limão, Norte e Triângulo Mineiro, 85,0%; laranja, Triângulo Mineiro e Sul de Minas, 86,2%.

Somam-se manga, Norte e Noroeste, 74,3%, mamão, Norte e Triângulo Mineiro, 91,0%; pêssego, Central e Sul de Minas, 98,4%; tangerina, Central e Sul de Minas, 76,5%; moranguinho de mesa, Sul de Minas, 90,5%.

Por outro lado, segundo a Emater-MG, estimam-se haver 62,2 mil fruticultores no estado, dos quais 55,9 mil são familiares (89,8%), e 6,3 mil não familiares; em 2022, a produção mineira de frutas foi de 2,7 milhões de toneladas.

Nessa panorâmica, no Norte de Minas, segundo fruticultores e empresários, com base nas culturas da uva, limão, manga, mamão e coco são gerados 21,0 mil empregos diretos; 31,6 mil indiretos na região; e, por sinergia econômica, 26,3 mil fora da região.

Destaca-se também o poder multiplicador da Agro-Fruticultura por suas dimensões regionais no estado e levando para os fruticultores mineiros "Ciência & Tecnologia" compartilhada nos cenários de quem planta, abastece e exporta. *Benjamin Salles Duarte/Diário do Comércio-Minas Gerais/Fev/2023