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Mecanização na Vitivinicultura e Pomicultura

Hoje novas formas de condução das plantas estão sendo estudadas no campo, entre elas pode se destacar o sistema bidimensional (Muro Frutal), que consiste na condução das plantas em forma de muro ou parede de plantas


A pomicultura e vitivinicultura são atividades extremamente importantes para a sustentabilidade de pequenas propriedades no Brasil e ambas consomem uma quantidade expressiva de mão de obra para execução no manejo de campo.

Importante destacar que esta força de trabalho manual tem se tornado cada vez mais escassa ao longo dos últimos anos e com este fato a mecanização se faz cada dia mais necessária nestas atividades.

Novas tecnologias embarcadas nos projetos voltados à mecanização agrícola permitem a melhoria da qualidade e aumento da produtividade da mão de obra. Segundo Terence, algumas características do sistema de produção brasileiro precisam ser ajustadas em função da mecanização, considerando a introdução da mecanização nos pomares, tem se um fator extrema importância a ser observado que é  a mudança do manejo e condução das plantas que deverão sofrer adaptações a fim de facilitar a mecanização dos tratos culturais e da colheita.

Atualmente novas formas de condução das plantas estão sendo estudadas no campo, entre estas pode se destacar o sistema bidimensional (Muro Frutal), que consiste n a condução das plantas em forma de muro ou parede de plantas o que possibilita a circulação de um lado ao outro, este sistema também permite o adensamento do plantio obtendo mais plantas por hectare, o que consequentemente poderá aumentar a produtividade por área.

Além de facilitar a mecanização dos tratos culturais e da colheita, o sistema bidimensional possibilita um acréscimo de qualidade aos frutos e reduz os custos operacionais de condução dos pomares. Atualmente podemos destacar algumas operações mecanizadas como a poda, a colheita, o plantio e a pulverização que já empregam a redução de custos operacionais que executam práticas culturais oportunas o que aumenta a flexibilidade dentro de suas operações. Das operações acima citadas, podemos destacar a poda mecanizada que é uma prática considerável ainda inovadora nos pomares do Brasil. 

Para esta prática são utilizados dois tipos de podadores: O primeiro são Podadores de Facas (ceifadeiras) que são constituído por um conjunto de pequenas facas acondicionados a uma barra de corte, este sistema é utilizado para a poda de formação e condução dos pomares e o segundo modelo são Podadores de Discos (Serra Circular) este modelo tem sua utilização dedicada as podas mais severas ou drásticas (recuperação das plantas). Ambos os sistemas consistem de podadores acoplados a tratores agrícolas que são responsáveis pelo funcionamento dos sistemas de poda.

Os equipamentos de poda podem realizar podas de maneira individualizada, executando a poda de topo ou lateral de maneira distinta e também podem realizar as podas de maneira conjugada,
executando a poda de topo e lateral em conjunto, otimizando assim ainda mais a operação. A poda para grande parte das árvores frutíferas é um dos principais aspectos que garantirão o
sucesso no crescimento e florada, resultando em frutos de qualidade garantindo uma excelente colheita. A poda tem alguns objetivos centrais das quais visam, aumentar o vigor e saúde da planta, controlar o volume e forma, bem como equilibrar a produção entre ramos produtivos e vegetativos, melhorar a insolação e climatização no interior da planta, eliminar ramos doentes, improdutivos ou desnecessários, favorecer a colheita das frutas do pomar e garantir a média das colheitas anuais.

Porém não existe só uma finalidade, ou objetivo, para a realização das podas nos pomares. Na verdade, elas são divididas em modalidades conforme a seguir:

Poda de Formação, Poda de Frutificação, Poda Verde, Poda de Renovação, Poda de condução. Ainda é i mportante ressaltar que a possibilidade dos ganhos citados acima depende da maior
capacitação dos produtores não apenas para o cultivo adequado dos pomares, mas também para a sua condução de maneira mecanizada.

*Diego Onofre Vidal/Eng° Agr° Doutor em Agronomia e Produção Vegetal/Unesp/Jaboticabal/SP

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