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Produtores e técnicos avaliam o custo de produção do tomate

Líder na produção de tomate, Goiás deve crescer 36,6% na atual safra


Equipe levanta os dados da região pelo 15º ano consecutivo - Pelo 15º ano, a equipe da Hortifruti Brasil se reuniu, no dia 21 de maio deste ano, com produtores e técnicos da região de Mogi Guaçu (SP) para apurar os custos de produção de tomate de mesa. Os dados são consolidados para a temporada de 2023, e foi feito um orçamento para 2024, como vem sendo realizado nos últimos anos. Os Custos Totais consolidados em 2023 ficaram acima do orçamento feito para a safra no ano passado, já que, ao longo do segundo semestre, os custos de produção voltaram a subir.

O método de levantamento dos dados é o Painel, e não houve alterações na estrutura da propriedade típica da região paulista. A escala típica das propriedades de Mogi Guaçu continua com 15 hectares.
Pelo menos metade da área cultivada em Mogi Guaçu é representada por plantio em terras arrendadas, devido à necessidade de rotação de áreas para o cultivo. O valor do arrendamento teve reajuste positivo de 18,2% em 2023, já que, na época, as negociações das terras para arrendamento ainda tinham reflexos da alta dos preços das grandes commodities. Já em 2024, os produtores declararam que os valores se mantiveram, como já era previsto no ano passado, em função da desaceleração no aumento da demanda das grandes commodities por áreas. O plantio de tomate em terras próprias acontece geralmente em áreas nas quais o fruto não tenha sido cultivado por, pelo menos, quatro a cinco anos.

Para a safra de inverno 2024, a estimativa é que o custo de implantação da estrutura de condução do tomate apresente avanço frente à safra 2023, passando de R$ 14.591,00 por hectare para R$ 16.167,00 - com vida útil de três safras ou três anos, no caso de uma safra por ano.
A lista dos itens que compõem a infraestrutura se manteve em 2023 e deve seguir a mesma também em 2024, havendo reajustes nos valores. O barracão (desmontável), que tem vida útil de três anos, teve valor estimado em R$ 34.500,00 em 2022 (com taxa anual de 10% de manutenção e 20% de valor residual), passando para R$ 36.000,00 em 2023, e, agora, para R$ 37.620,00 em 2024; o barracão para depósito de defensivos e embalagens ficou avaliado em R$ 28.750,00 em 2022, passando para R$ 30.000,00 em 2023 e novamente reajustado para R$ 31.250,00 em 2024; o refeitório (desmontável) foi avaliado em R$ 17.500,00 em 2022 (com dois anos de vida útil, taxa de manutenção de 25% e valor residual de 10% ao ano); em R$ 19.000,00 em 2023; e em R$ 19.855,00 em 2024. Os três banheiros desmontáveis passaram de R$ 2.750,00 em 2022 cada (com vida útil de dois anos, sem valor residual), para R$ 3.000,00 em 2023 e R$ 3.135,00 em 2024.

O total de caixas plásticas para a colheita de tomate continuou de 2.000 unidades, considerando-se uma área de 15 hectares. O valor de aquisição de cada caixa vinha se mantendo estável desde 2021, em R$ 21,00, mas subiu para R$ 22,00 em 2023 e 2024 - há uma taxa média de reposição de 25% ao ano dessas caixas.


O sistema de irrigação desde 2014 é por gotejamento, e a captação da água se dá predominantemente por motor elétrico.

O custo com mudas vem tendo um forte incremento desde 2021, devido à mudança tecnológica, que passa ser de uso de mudas enxertadas, no qual o custo é muito maior do que das não enxertadas (pé-franco). Assim, nos últimos quatro anos, os incrementos dos custos foram bastante expressivos, à medida que o percentual de enxertia aumentou nas áreas cultivadas. Em 2021, estimava-se que metade da área foi cultivada com mudas enxertadas, passando para 70% em 2022, para 75% em 2023, e para 80% em 2024. O inventário de máquinas e implementos se manteve o mesmo. *RuralNews - 11/07/2024.

Líder na produção de tomate, Goiás deve crescer 36,6% na atual safra - Dados divulgados pelo IBGE mostram que o ciclo 2024 deve alcançar a produção de 1,4 milhão de toneladas. Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas em Tomate da Agrodefesa tem contribuído para o desenvolvimento de lavouras seguras e produtivas

A produção de tomate em Goiás deve crescer 36,6% na safra 2024 e chegar a 1,4 milhão de toneladas, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11/07), no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A previsão é de que Goiás se mantenha em primeiro lugar na produção nacional de tomate, à frente de estados como São Paulo (1 milhão de toneladas) e Minas Gerais (519,4 mil toneladas), que aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

A área plantada do fruto também deve registrar crescimento, segundo a expectativa do IBGE. Deve passar de 13,2 mil hectares, na safra 2023, para 14,8 mil hectares plantados na atual safra - aumento de 12,3%.

"Acabamos de finalizar, no dia 30 de junho, o prazo permitido para transplantio de mudas de tomate rasteiro, que são destinados à indústria, em todos os municípios do Estado, e também do tomate tutorado, que é o tomate de mesa, em alguns municípios onde a normativa determina. Finalizado esse período a safra deve se desenvolver com a produção dos frutos, com um crescimento muito significativo de quase 400 mil toneladas em comparação com a safra anterior, conforme a expectativa divulgada pelo IBGE", celebra o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). "Isso mostra que Goiás tem cumprido com a legislação e mantido sua produção segura, longe de pragas, o que favorece esse crescimento", destaca.

A Agrodefesa é responsável pelo Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas em Tomate, que estabelece medidas fitossanitárias obrigatórias que visam a prevenção e controle da mosca branca e do geminivírus no Estado de Goiás (Instrução Normativa nº 06/2011 da Agrodefesa). Entre as medidas estão o calendário de plantio, o cadastro de propriedades junto à Agrodefesa, a eliminação dos restos culturais de tomate até 10 dias após a colheita de cada talhão, a destruição de plantas voluntárias de tomate imediatamente após o surgimento e a produção de mudas em ambiente controlado.

"Esse calendário de plantio, por exemplo, é uma das medidas estabelecidas segundo o Manejo Integrado de Pragas na cultura do tomateiro, para que, de novembro a janeiro, não tenhamos plantas de tomate no campo, uma vez que é período de grande incidência da mosca-branca e propício à contaminação por geminiviroses nas principais áreas de cultivo do estado", explica a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio.

A Agência também determina o cadastramento eletrônico de propriedades e áreas produtoras de tomate, no Sistema de Defesa Agropecuário (Sidago), disponível no site www.goias.gov.br/agrodefesa. O cadastro deve ser feito a cada novo plantio, em até no máximo 15 dias após o transplantio. "A Agrodefesa tem acompanhado e monitorado toda a produção comercial do tomate no Estado, justamente para termos sucesso na produção e mantermos Goiás em destaque no ranking nacional. Por isso, é importante que todas as lavouras de tomate estejam cadastradas junto à Agência para que possamos identificar as lavouras, orientar os produtores e assegurar o monitoramento de pragas de importância econômica", finaliza Daniela. *Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) - *Governo de Goiás/Julho/2024.

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