A Secretaria de Agricultura de Minas Gerais informou nesta terça-feira (11) que foi identificado um foco de Sigatoka Negra em uma propriedade em Jaíba, no Norte de Minas. A Sigatoka Negra é uma doença provocada por fungos que compromete produtividade da bananicultura se não for controlada adequadamente.
Doença encontrada em bananas não é transmitida pelo consumo da fruta - Foto: IMA
O maior dano provocado pela doença é a morte prematura das folhas de bananeira, o que causa redução da área foliar, induzindo perdas na produtividade e qualidade da fruta. Não existe risco para a população com relação ao consumo de banana.
Apesar do cuidado com o surgimento do foco, que demanda medidas rigorosas de controle sanitário, o IMA informou que a doença não representa um risco imediato para a produção de banana no estado. A principal consequência para a planta acometida pela praga é a diminuição do número de pencas por cacho, redução do tamanho do cacho e maturação precoce dos frutos no campo ou mesmo durante o transporte.
O Secretário de Agricultura de Minas Gerais, Thales Fernandes, que está no Norte de Minas nesta terça-feira (11), informou que a praga já está presente em outros 24 estados. "É importante dizer que é uma doença que temos que conviver com ela hoje, com a mitigação de risco, com pulverizações e que o dano é não é maior do que parece. A produção vai continuar", disse Fernandes. O secretário reforçou que não tem nenhum risco para quem consome a banana e que, em princípio, não tem impacto econômico para o setor da bananicultura. *Matéria de Fabiano Frade, é jornalista na Itatiaia. Cobre as pautas de cidades e geral, com dedicação especial à Central de Trânsito. Antes da rádio de Minas, passou pela Rádio Band News FM e também pela BTN, onde cobriu o trânsito para várias rádios de BH e Brasília - 11/03/2025.
Nota à Imprensa:
A Abanorte - Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas, como organização de governança da fruticultura regional, vem informar aos associados e à sociedade civil que:
O IMA identificou um foco de Sigatoka Negra em propriedade no município de Jaíba, mas já está em andamento um Plano de Ação para monitorar e controlar a doença que inclui a fiscalização, adesão dos produtores a um protocolo de mitigação de riscos e eliminação de bananais abandonados.
Todas as medidas de contenção já foram definidas pelo
IMA e pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Seapa) com anuência do Ministério da Agricultura e Pecuária
(Mapa) e serão implementadas imediatamente.
O que é a praga?
A Sigatoka Negra é uma doença fúngica que pode comprometer a produtividade da bananicultura se não for controlada adequadamente. O maior dano provocado pela doença é a morte prematura das folhas, que causa redução da área foliar, induzindo perdas na produtividade e qualidade da fruta. Não existe risco para a população com relação ao consumo de banana.
A principal consequência para a planta acometida pela praga é a diminuição do número de pencas por cacho, redução do tamanho do cacho e maturação precoce dos frutos no campo ou mesmo durante o transporte.
Todos os produtores de banana do município deverão aderir ao protocolo de mitigação de riscos disponível no site do IMA ou nos escritórios regionais. Aqueles que não fizerem isso, sofrerão restrições sanitárias, ficando impedidos de comercializar as frutas. Também haverá fiscalização de trânsito de cargas.
Veja outras medidas sanitárias que estão sendo adotadas:
? Levantamento fitossanitário no raio de 1 (um) km da propriedade afetada, com inspeção de 100% das áreas produtivas.
? Monitoramento ampliado em um raio de até 10 (dez) km, abrangendo pelo menos 50% das propriedades bananicultoras.
? Notificação dos produtores da região, que devem aderir ao Sistema de Mitigação de Riscos da Sigatoka Negra.
? Verificação e atualização dos cadastros das Unidades de Produção (UPs) para garantir o mapeamento das áreas de cultivo.
? Reunião com responsáveis técnicos (RTs) que emitem Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) para reforçar os protocolos de segurança sanitária.
? Fiscalização intensificada no trânsito de cargas e caixarias, a fim de evitar a propagação da doença para outras regiões.
? Toda e qualquer plantação de banana abandonada na região será eliminada, conforme prevê a legislação sanitária vigente.
Foco não era identificado desde 2007 - Desde 2007, não havia registros de novos casos de
Sigatoka Negra em áreas de grande produção de bananas em Minas Gerais. O surgimento deste foco reforça a necessidade de medidas rigorosas de controle sanitário, mas não representa um risco imediato para a produção de banana no estado.
Com a colaboração de todos os produtores e o cumprimento das normas fitossanitárias, será possível conter a doença de forma eficiente.
Na defesa da bananicultura do Norte de Minas Gerais, a Abanorte está em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, através de seus braços Emater, Ima e Epamig. Conta com o apoio do Sistema Faemg/Senar/Inaes e tem uma equipe técnica preparada para orientar os produtores e esclarecer dúvidas.
Nilde Antunes Rodrigues Lage/Presidente Abanorte