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Apresentação de resultado dos levantamentos sobre a antracnose da atemóia

Dia 10 de outubro em Itapetininga/SP


A atemoia, fruta que possui uma casca rugosa e pontiaguda, trazendo em seu interior uma polpa branca com sementes negras, é resultante do cruzamento da pinha com a cherimóia, nativa das regiões tropicais do Peru, Equador e Colômbia. No Brasil as primeiras plantações começaram na década de 60. Hoje, a área plantada é de aproximadamente um mil e quatrocentos hectares, concentrados nas Regiões Sul e Sudeste. 

O investimento em conhecimento, tecnologia da produção e comercialização, que resultaram em excelentes números de exportação nos últimos anos, consolidou o que especialistas da área de fruticultura vêm apontando nos últimos anos: a atemoia brasileira tem se destacado nos mercados nacional e internacional com grande potencial de agregação de valor, geração de renda e emprego, movimentando os elos de uma extensa cadeia produtiva.

O crescimento do cultivo da atemoia no Brasil deve-se especialmente à capacidade de produção em diferentes épocas do ano, à alta produtividade e à possibilidade de produzir mais de uma safra ao longo do ano.

O estado de maior produção de atemoia é São Paulo com 43,8%, Minas Gerais, Paraná e Bahia ficam com 18,8% cada. A plantação da atemoia está restrita em alguns países tropicais e subtropicais, por adaptar-se melhor às condições intermediárias entre a cherimóia (clima subtropical) e a pinha (clima tropical). Mas ela também é muito cultivada em outras regiões como o norte de Minas Gerais e outros estados, além de ser produzida no Sul e Sudeste do Brasil.

As exportações ocorrem ainda em pequenos volumes, via aérea, em função de que é uma fruta muito delicada e não suporta longos períodos de transporte, mesmo em condições controladas. Pouco conhecida no mundo, requer um programa de marketing e propaganda robusto para o mercado internacional e que está em construção. Como é uma fruta extremamente saborosa, única, inovadora, acredita-se que tem potencial para atingir um grande sucesso no consumo global.

A atemoia é uma fruta classificada como climatérica, ou seja, continua o processo de amadurecimento e amolecimento da polpa após colhida. Os frutos são comercializados duros e normalmente entre dois e cinco dias em casa já estão macios e prontos para serem consumidos. Frutos com melhor qualidade são embalados individualmente com proteção, evitando lesões e o escurecimento da casca. 

Ela tem um sabor leve e agridoce e é rica em nutrientes como vitaminas do complexo B, vitamina C e potássio, sendo normalmente consumida fresca.

Atemoia do Brasil, o sabor da tropicalidade e do exótico que vai encantar todos os consumidores! *Abrafrutas/APEX/Frutas do Brasil. 

Atemoia: fruta é origem de cruzamento e tem conquistado espaço nos hortifrutis/Mercado exportador é promissor para a fruta híbrida, mas condições climáticas trazem desafios

A atemoia é o resultado de um cruzamento de duas frutas: a cherimoia e a fruta do conde, que é popularmente conhecida como pinha ou ata. O resultado da pesquisa trouxe para a mesa do consumidor final uma fruta mais doce e com as melhores qualidades das duas espécies.

Tudo começou no início do século XXI nos Estados Unidos, quando pesquisadores realizaram os primeiros testes. "Ela tem qualidades distintas, a atemoia você pode plantar ela, dependendo da cultivar, em uma área muito maior do que a pinha e a cherimoia", explica o pesquisador José Emílio Bettiol, do Instituto Agronomico de Campinas (IAC).

No território nacional, os estados de São Paulo e Minas Gerais são os maiores produtores, concentrando 43,8% e 18% da produção total do país. A fruta também tem participação expressiva no mercado internacional. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), no ano passado foram exportadas 986 toneladas de atemoia, pinha e graviola, gerando quase US$ 4 milhões de receita.

Assim como acontece com outros setores, a produção de atemoia também sente os impactos das adversidades climáticas, o que deve impactar a produtividade do próximo ciclo. As altas temperaturas registradas nas principais áreas devem prejudicar o desenvolvimento dos frutos.

A colheita da safra atual está em reta final e o mercado ainda é atrativo, com a caixa de um quilo sendo negociada por R$ 12,50 no Ceasa em Campinas. *EPTV/Sorocaba/SP - 21/09/2024. 

Frutas exóticas: atemoia e nêspera garantem diversidade ao consumidor em São Paulo/O cultivo dessas frutas tem conquistado espaço na agricultura e serve como alternativa para período de entressafra de outras espécies - No estado de São Paulo, a produção e o consumo de frutas exóticas tem ganhado cada vez mais espaço nos últimos anos. É o caso das produções de atemoia e nêspera. Essas frutas têm gerado  renda e empregos no campo, estando cada vez mais presentes na mesa das famílias brasileiras.

Da família das anonáceas, a atemoia está disponível nos mercados interno e externo com o apoio de tecnologias e a orientação técnica gerada por extensionistas e pesquisadores. Na década de 1950, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo forneceu material e manutenção de bancos de germoplasma e de matrizes aos viveiristas, gerando um pacote tecnológico para produção de mudas e manejo da fruta.

Segundo o produtor Waldir Parise, a produção do fruto está em expansão nas regiões dos municípios paulistas de Jarinu, Itapetininga, São Miguel Arcanjo e Atibaia, estendendo-se até áreas do sul de Minas Gerais.

"Essas regiões possuem um clima bom para o cultivo, mas nem todas os locais são apropriados para a cultura. Regiões do Sul do Brasil não são apropriadas para a fruta, porque ela precisa se desenvolver em temperatura equilibradas, sendo muito sensível ao frio", diz.

Há três anos Parise exporta o produto para Canadá, Europa e Oriente Médio. Segundo ele, o fruto é muito aceito internacionalmente e, mesmo com a competição de países como Espanha e Itália, a atemoia se mostra bem vendável. No entanto, o produtor faz ressalvas a respeito do custo elevado de produção e o tempo de desenvolvimento dos primeiros frutos.

"Ela é uma planta que possui um custo elevado de produção e demoram três anos para ela dar os primeiros frutos. Então há bastante investimento envolvido, tem toda a tecnologia de irrigação, nutrição, poda, todo um trabalho a ser feito. Hoje, a atemoia é uma opção de Fruticultura que gera empregos, principalmente para pequenos e médios produtores", afirma.

Em São Paulo, que alterna o posto de maior produtor do país com Minas Gerais, são mais de 400 produtores que cultivam o fruto em uma área total com 150 mil pés destinados à produção, com destaque para as regiões de Itapetininga, Sorocaba e Pindamonhangaba.

Nêspera - A nêspera, de origem chinesa, é rica em fibras e possui aproximadamente 75% de água em sua composição, além de ser antioxidante e anti-inflamatória.

A fruta oferece um bom rendimento ao pequeno produtor, sendo considerada uma excelente opção para o cultivo orgânico. Tem como vantagem a colheita entre março e setembro, período de entressafra de outras frutas, como pêssego, ameixa, caqui e goiaba, oferecendo uma alternativa produtiva para o período.

O produtor Fernando Ogawa, de Mogi das Cruzes (SP), comenta que a cultura da nêspera requer uma região que tenha um bom teor de umidade durante inverno e primavera, além de exigir muito cuidado.

"O cultivo requer muita mão de obra e atenção, seja na poda, desbrota, raleio e ensacamento. Isso só no pomar. No galpão também há muito trabalho. Não é possível mecanizar a produção por se tratar de um fruto muito delicado", comenta. *Canal Rural - 18/10/2020.

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