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Melhores do Agro 2022/Máquinas e Equipamentos Agrícolas: Jacto

Em 2021, a Jacto foi marcada por um recorde: a venda de pulverizadores costais atingiu 1 milhão de unidades


Faz parte da filosofia da Jacto o entendimento de que o potencial de uma tecnologia apenas será plenamente atingido se houver pessoas capacitadas na operação dos processos. É a partir dessa compreensão que a empresa fundamenta sua atuação no disputado mercado de máquinas e implementos agrícolas. Inovadora em produtos que atendem o campo e em soluções de agricultura digital, a companhia tem como um dos seus pilares o investimento em qualificação.

Mantida pela Jacto, a Fundação Shunji Nishimura abriga um colégio de ensino infantil e fundamental, escola técnica do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e uma Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo), que oferece cursos voltados ao agro, como mecanização em agricultura de precisão e big data.

"Ao mesmo tempo em que há equipamentos mais sofisticados, a escassez de mão de obra é um gargalo. Por isso, acreditamos na cooperação com mais de 100 parceiros, incluindo concorrentes. É uma coopetição que fortalece todo o ecossistema do setor", analisa o CEO Fernando Gonçalves Neto.

*Na foto à esquerda: Ricardo Nishimura, presidente do Conselho de Administração do Grupo Jacto e Fernando Gonçalves, presidente da Jacto  

Em 2021, a Jacto foi marcada por um recorde: a venda de pulverizadores costais atingiu 1 milhão de unidades. O cenário complexo dos últimos dois anos, de consequências da pandemia e desaceleração econômica, não impediu a empresa de crescer em todas as áreas de atuação. A receita líquida foi de R$ 3,052 bilhões, alta de 59,36% em comparação ao ano de 2020, resultado que mantém a Jacto líder na categoria Máquinas e Implementos Agrícolas do Melhores do Agronegócio.

Além de creditar o crescimento à entrega de soluções alinhadas às necessidades do campo, Gonçalves aponta o pós-venda como diferencial da empresa. Ele salienta que o trabalho realizado pela rede de revendas Master é acompanhado pelas facilidades de acesso e diagnóstico remoto via aplicativo Jacto Connect. "Nossos técnicos se conectam à máquina e, dependendo da situação, é possível realizar o serviço a distância. Quando é necessário, enviamos um auxílio físico e acompanhamos o andamento do atendimento", detalha.

A Jacto tem a ambição de ser reconhecida como a empresa com o melhor pós-venda do mercado. "Nos próximos anos, esperamos fazer uma revolução no pós-venda. E, para isso, investimos na qualificação do pessoal da área", completa. Outro ponto de atenção é o treinamento realizado com os operadores nas fazendas. "Ainda que as tecnologias sejam complexas, precisam parecer simples para quem as utiliza", acrescenta.

A linha da Jacto vai de equipamentos para poda e pulverizadores portáteis a máquinas de grande porte para pulverização, adubação, plantio, colheita de café e cana-de-açúcar e soluções de agricultura 4.0. Os próximos lançamentos prometem inovações para uma agricultura preventiva e preditiva, define Gonçalves. "A agricultura é cíclica e sabemos da importância de colaborar para a redução de custos do produtor, com equipamentos voltados à distribuição racional de insumos e que resultam em sustentabilidade econômica e ambiental da atividade."

Fundada pelo imigrante japonês Shunji Nishimura, em 1948, na cidade de Pompeia (SP), a Jacto comercializa diversos produtos para mais de 100 países. Possui fábricas no Brasil, na Argentina e também na Tailândia e mantém escritórios comerciais e centros de distribuição no México e Estados Unidos.

A inauguração da nova unidade brasileira, localizada em Paulópolis, 10 quilômetros distante da sede, está prevista para abril de 2023. A estimativa é de que 300 pessoas sejam empregadas na estrutura de 96 mil m² que foi projetada em pilares de sustentabilidade, objetivando a redução dos impactos ambientais e a melhoria do ambiente de trabalho.

"Será uma fábrica verde, focada em atender aos desafios do futuro", resume o CEO da empresa. A unidade contará com processos modernos de captação de água da chuva e de reutilização da água resultante do processo produtivo, e energia solar, que garantirá o abastecimento elétrico. As inovações acompanham a linha de montagem, em que robôs responderão por 80% das funções de soldagens. *Denise Saueressig/GR

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