EPAMIG integra grupo para embasar pedido de Indicação Geográfica dos vinhos de Andradas e Caldas (MG)
Parceria envolve o Instituto Federal do Sul de Minas e as prefeituras municipais
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), o Instituto Federal do Sul de Minas (IF) e as prefeituras de Andradas e Caldas (MG) iniciaram o levantamento de informações para embasar o pedido de Indicação Geográfica dos vinhos produzidos nos municípios.
As cidades, que têm se destacado na produção de vinhos finos de inverno, têm tradição centenária no cultivo da videira. Além disso, Caldas abriga a Estação Experimental de Viticultura e Enologia da EPAMIG, onde foram desenvolvidas tecnologias para a produção de uvas e vinhos de alta qualidade, como a metodologia da dupla poda da videira, indicação de cultivares viníferas, americanas e de porta-enxertos para a região, entre outras.
A primeira etapa do trabalho inclui a proposição de um artigo com o intuito de contextualizar a vitivinicultura da região e destacar a EPAMIG como importante agente para o desenvolvimento do setor vitivinícola regional e nacional.
"O levantamento de comprovações da história do vinho na região é um dos requisitos do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) para iniciar um processo de Indicação de Procedência. Esse trabalho demonstra que a atividade vitivinícola está inserida no contexto social desta região", aponta a coordenadora do Programa Estadual de Vitivinicultura da EPAMIG, Renata Vieira da Mota.
O documento, disponível para a consulta, foi redigido pelos professores Eli Fernando Tavano Toledo, do IFSP - Campus Avaré, e Angelita Santos Marinho Vasconcellos discente-bolsista do curso de licenciatura em Geografia do IFSuldeMinas - Campus Poços de Caldas, juntamente com as pesquisadoras da EPAMIG Renata Vieira da Mota, Cláudia Souza e Angélica Bender e com o enólogo, bolsista Fapemig/EPAMIG, Luciano Vilela.
O trabalho remonta ao início da produção de vinhos nos municípios. E destaca a estruturação da Estação Experimental de Caldas, implantada em 1936, pelo Governo Federal, como um dos três primeiros centros de pesquisa em uva e vinho do país. *Foto: Diego Vargas/Seapa
Além disso, aborda as dificuldades enfrentadas pelos viticultores da região com a ascensão da atividade no Sul do país e o fortalecimento da cafeicultura. E, culmina na retomada do plantio de parreirais, com a implantação das tecnologias desenvolvidas pela EPAMIG e informações atuais da produção.
"Pudemos comprovar o papel da EPAMIG como instituição fundamental para a vitivinicultura da região, desde a década de 1930. Principalmente pela constância e resiliência no amparo técnico e científico. Além disso, o enfoque atual é a utilização da dupla poda como fator essencial para a produção desses vinhos nobres na região Sudeste do Brasil", conclui o professor Eli Toledo.
*Mariana Vilela Penaforte de Assis/Jornalista | Assessoria de Comunicação - (31) 3489-5023 - www.epamig.br