Bananicultores brasileiros participaram do maior evento mundial da banana, com participação de mais de 1.500 profissionais de 40 países.

A delegação brasileira formada por produtores, empresários do setor, diretoria da Abavar e pesquisadores de diversas instituições de pesquisas, debateram as principais doenças e pragas dos bananais, mercado e principalmente, a produção sustentável da fruta que alimenta milhões de pessoas em diversos continentes, sendo em muitas comunidades pelo mundo, alimento básico, em países de vulnerabilidade social e alimentar.     

Dia da Banana - Hoje, 22 de setembro/2023, é o dia mundial da fruta mais consumida no Brasil e no mundo: a banana. A data marca a importância desse alimento tão nutritivo e de grande relevância para o cenário econômico, principalmente para o agronegócio paulista, já que o Estado de São Paulo é o grande produtor brasileiro com 26% da produção total do país. 

Bananicultores brasileiros participaram do maior evento mundial da banana, com participação de mais de 1500 profissionais de 40 países.

Segundo levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA - APTA), a expectativa da safra 2022/23 foi superior a um milhão de toneladas, com uma área plantada de 1,9 mil hectares no estado. O Vale do Ribeira é considerado o maior polo produtor de banana de São Paulo e as principais variedades são: prata, nanica, maçã, ouro e terra.

O Brasil é o quarto maior produtor mundial, ficando atrás somente de Índia, China e Indonésia. De acordo com os dados do IBGE, a safra 2021/22 foi de cerca de 7 milhões de toneladas, em uma área de 453.273 hectares. Um mercado que movimenta mais de R$ 13,8 bilhões por ano.

Parte dessa produção é destinada ao mercado externo. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no ano passado, foram embarcadas 83 mil toneladas, com receita de U$S 37 milhões. Os maiores importadores são a União Europeia e os países do Mercosul. *Guilherme Santos/ Assessoria de Comunicação SAA - [email protected].

Um dos pilares do setor bananeiro brasileiro, pesquisador e extensionista incansável, técnico atuante que trabalhou ao lado dos produtores, homem honrado, amigo de sempre e em todas as situações. Entusiasta, que sempre atuou quando solicitado em eventos relacionados à bananicultura, seja para acompanhar um único interessado ao campo ou organizar um evento internacional. 

Luiz Alberto Lichtemberg (foto à esquerda), natural de Itajaí em Santa Catarina , criado em Camboriú, formou-se em agronomia pela Universidade Federal de Pelotas, em 1974, e concluiu mestrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1981, trabalhando com citros. 

Porém, a pedido da Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (EPAGRI), instituição onde trabalhou até sua aposentadoria em 2014 como pesquisador, dedicou sua carreira ao cultivo da banana principalmente nas áreas de práticas culturais, pós- colheita, cultivares e fitossanidade. 

Ao longo de sua carreira, empreendeu ações de importância local, regional, nacional e internacional, com intensa atuação no Estado de Santa Catarina, nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil, em países da América Latina e da África. 

Produziu mais de 150 publicações envolvendo Fruticultura, especialmente sobre bananicultura, incluindo artigos, artigos em anais de congressos e capítulos de livros. Além da produção técnica, contribuiu para o avanço da produção orgânica e da produção integrada e, junto com colegas da EPAGRI, foi responsável pela seleção e registro das cultivares SCS451, Catarina e SCS452 Corupá, a primeira amplamente plantada em diversas regiões brasileiras. 

Ao longo de sua carreira organizou centenas de cursos e proferiu centenas de conferências. Atua em sociedades científicas desde 1983, sendo presidente da SBF (Sociedade Brasileira de Fruticultura de 1994-1996) e da ACORBAT Internacional (2006-2008). Foi consultor da Revista Brasileira de Fruticultura. presidiu a comissão organizadora do XVII Encontro Internacional ACORBAT/2006, realizado em Joinville, Santa Catarina, Brasil, coordenador técnico, membro da Comissão Editorial e palestrante no XX Encontro Internacional da ACORBAT/2013, realizado em Fortaleza, Ceará, Brasil. Foi Delegado Principal da ACORBAT Internacional no Brasil de 2010 a 2022. Atuou como palestrante em eventos locais, regionais, nacionais e internacionais ao longo de sua carreira. Entre os eventos que organizou estão o 1º Simpósio sobre a Bananicultura nos Subtrópicos do Cone Sul/2010, em Joinville, o 2º Simpósio Sobre a Bananicultura nos Subtrópicos do Cone Sul/2010, em Formosa, Argentina, com a fundação da Associação MusaSul, VI Simpósio Brasileiro de Bananicultura/2004, em Joinville, participação na organização do Encontro Sul-Brasileiro Sobre Sigatoka Negra, também em 2004, Seminário Estadual de Sigatoka Negra e Pesquisa de Mercado da Banana, em 2001, I Encontro Sul do Brasil sobre estudo da Sigatoka Negra, em 1999, entre outros. 

Ele atualmente trabalha como conselheiro da Sociedade Brasileira de Fruticultura e ministra palestras sobre banana. Por tudo isso, por seu histórico de serviços prestados ao setor bananeiro, Luiz Lichtemberg, é reconhecido pelo seu trabalho à bananicultura brasileira e mundial. Obrigado! Sérgio Donato/Delegado Brasileiro da ACORBAT Internacional. Mérida, Yucatán, México, 25/04/2024.

Trabalho científico apresentado no ACORBAT 2024 - México, pelo engenheiro agrônomo Antônio Lopes, faz um comparativo da microbiota de solos suprecivos ao Mal-do-Panamá com a microbiota daqueles solos onde a doença afeta as bananeiras.

Na foto pesquisador homenageado, Luiz Alberto Lichtemberg (à esquerda) e engenheiro agrônomo Antônio Lopes de Souza, na Acorbat 2024, no México.