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Produção de uva no Estado é tema de oficina do Pedeag 4

Produtores capixabas também investem na olivicultura, visando ampliar mercados e atender região Sudeste


O valor gerado pela produção de uva no Espírito Santo vem crescendo nos últimos anos, resultando em emprego e renda para as famílias do campo. Para que essa atividade dê um salto ainda maior em produtividade, qualidade e sustentabilidade, o município de Santa Teresa recebeu, nesta quarta-feira (19/07), uma oficina técnica sobre a cadeia produtiva da uva.

O encontro faz parte do cronograma de elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4), que está sendo coordenado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). O objetivo é propor ações para o desenvolvimento da cadeia produtiva para os próximos dez anos no Espírito Santo.

O município de Santa Teresa é o maior produtor de uvas do Estado, sendo responsável por 31% da produção estadual. A oficina, entretanto, abordou o desenvolvimento da cultura para todo o Espírito Santo, já que a produção também tem destaque em diversos outros municípios, como Alfredo Chaves, Venda Nova do Imigrante, Vargem Alta, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá e Marechal Floriano. Um setor promissor e de especial importância econômica e social, comentou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

"A cultura da videira no estado conta com uma área plantada de 197 hectares, distribuídos em 38 municípios e 280 propriedades rurais. São diversas agroindústrias de pequeno porte inseridas na cadeia produtiva de vitivinicultura atendendo também o mercado in natura. Com diálogo e planejamento pretendemos agregar ainda mais valor para a produção, com tecnologias de processamento, impactando no aumento da produtividade, na geração de emprego e renda e na melhoria da qualidade de vida dos produtores", pontuou.

Com 197 hectares de área de plantio, o Espírito Santo é o 8º maior produtor da fruta no País. Em 2022, a produção foi de 3,2 toneladas, o equivalente a R$ 20,7 milhões, de acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na oficina, os participantes foram contextualizados sobre a elaboração do Pedeag 4 e receberam informações do setor para identificar as forças, as oportunidades, a fraqueza e as ameaças da cadeia produtiva.

Nos últimos anos, no município de Santa Teresa, a área de cultivo tem apresentado redução considerável, assim como o número de agricultores envolvidos na produção direta. De acordo com o extensionista do Incaper, Cássio Venturini, entre os principais desafios a serem enfrentados pela cadeia produtiva da uva estão a pouca mão de obra disponível e o alto custo de implantação da lavoura, principalmente nos últimos anos, após a pandemia da Covid-19.

"O Incaper tem apoiado e fomentado, por meio dos técnicos dos escritórios locais, o desenvolvimento da atividade e a diversificação agrícola. Esse apoio também tem ocorrido por meio de ações para que o produtor possa fazer o uso de forma mais consciente dos agroquímicos, visando à redução de custo e à produção de forma sustentável", destacou Cássio Venturini.

Oficina do Pedeag 4 debate cadeia produtiva da Olivicultura - As condições ideais de solo, clima e altitude garantem a 23 municípios do Espírito Santo, da região Serrana e do Caparaó capixaba, o potencial para o cultivo de oliveiras. Produtores rurais, agrônomos, técnicos e outros interessados no assunto lotaram, na tarde dessa quarta-feira (19/07), o auditório do Senac, em Santa Teresa, para a oficina técnica sobre a cadeia produtiva da olivicultura. O intuito é conhecer mais sobre as potencialidades e melhorar a produtividade de azeitonas e azeite no Estado.

O encontro faz parte do cronograma de elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4), que está sendo coordenado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). O objetivo é propor ações para o desenvolvimento da cadeia produtiva para os próximos dez anos no Espírito Santo.

O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) deu início ao Projeto de Olivicultura no Espírito Santo em 2012, com a implantação de uma Unidade de Observação em Caldeirão, Santa Teresa. Em 2015, o plantio de oliveiras foi difundido para outras localidades e hoje abrange 17 municípios capixabas.

O foco do projeto é a produção de azeite extravirgem de baixa acidez, para expressão da qualidade superior do produto. Atualmente, o Espírito Santo tem, aproximadamente, 300 hectares de área plantada de azeitona, envolvendo cerca de 150 produtores com abrangência nos 17 municípios, dos 23 da região serrana do Estado vocacionados para o desenvolvimento da atividade.

"A olivicultura surge como oportunidade e tem sido um importante fator de geração de emprego, fomentando renda e desenvolvimento para muitos municípios. A atividade de cultivo das oliveiras e a recente conquista do processamento para produção de azeite, potencializa o agroturismo dessas regiões. A expectativa é estimular o trabalho com novas tecnologias, aumentando a produtividade, a rentabilidade e ajudando os produtores rurais a expandirem os seus negócios de forma segura e sustentável", comentou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. 

* Assessoria de Comunicação da Seag

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