Como parte da Semana do Agricultor, a Prefeitura de Jundiaí realizou na terça-feira (25) uma capacitação para os produtores de uva do município sobre "Rastreabilidade e Podridão da Uva Madura", com orientações para a proteção de pragas no campo.

A Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT) da prefeitura promoveu duas palestras na Etec Benedito Storani (Etec Best). A primeira tratou de manejos e produtos para o controle da podridão da uva madura. O tema foi abordado pelo engenheiro agrônomo Marco Kobayashi. Já o engenheiro agrônomo Sérgio Pompermayer, da UGAAT, falou sobre a rastreabilidade na agricultura. 

Um dos principais assuntos tratados foi a Glomerella, fungo que ataca as bagas das uvas com o surgimento de manchas circulares, marrom-avermelhadas, que posteriormente atingem todo o fruto, escurecendo-o.

"Hoje, na agricultura, nós temos pouco espaço para erro. Por isso, é tão importante os produtores estarem atentos quanto à prevenção de pragas", disse o engenheiro agrônomo Marco Kobayashi.

"É um encontro em que podemos trocar experiências para discutir o problema dessa doença que atinge bastante a uva Niagara Rosada, por exemplo. Então, é uma oportunidade para discutirmos vários aspectos, como pesquisa e teste de produtos", ressalta o engenheiro agrônomo Sérgio Pompermayer.

Referência - Em abril deste ano, a Uva Niagara Rosada de Jundiahy foi reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) com a Indicação Geográfica (IG), na categoria Indicação de Procedência. A escrita com as letras "h" e "y" se justifica pois, no passado, entre o final do século 19 e início do século 20, a uva era cultivada numa imensa área de terra que se chamava Jundiahy. Depois os municípios foram desmembrados - Jundiaí, Louveira, Itupeva, Jarinu e Itatiba.

Exposição comemora 90 anos da Uva Niagara - Fruta começou a ser cultivada no Bairro Traviú, que comemora 130 anos da imigração italiana - Uma exposição comemora os 90 anos da uva Niagara Rosada. A abertura foi no dia 23 de julho, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, à Rua Barão de Jundiaí, 109 - Centro de Jundiaí. O evento abriu a 7a Semana do Agricultor Jundiaiense, ocorre até o dia 30 de julho e pode ser visitada de terça-feira a domingo, sempre das 10h às 17h. A entrada é gratuita.

Em abril deste ano, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) reconheceu Jundiahy como Indicação Geográfica (IG) para a fruta.

O evento também marca o início dos festejos dos 130 anos da imigração italiana no bairro Traviú. Localizado às margens da Rodovia Anhanguera, o povoado nasceu pelo trabalho de um grupo de imigrantes originários do norte da Itália. Em 1893, eles desembarcaram no Brasil com destino à Fazenda Sete Quedas, em Campinas. Tempos depois, o grupo adquiriu as terras que hoje compõem o bairro. No início, tentaram produzir café, mas foi com a uva, cujas parreiras até hoje podem ser admiradas no local, que floresceu a verdadeira vocação do Traviú, que ainda hoje mantém forte suas tradições.

Em 1933, a partir de uma mutação somática espontânea, em meio a produção da Niagara Branca, de origem americana, surgiu a variedade rosada, exclusiva da região do Traviú e reconhecia com a Indicação Geográfica de Jundiahy, que é a 102a brasileira registrada no INPI. 

O bairro também faz parte de duas Rotas Turísticas de Jundiaí - Italiana e do Vinho - e agrega mais de 50 pequenas propriedades produtivas. Os visitantes podem acompanhar a produção de frutas como uvas, caqui, pêssego, ameixa, pitaia, além de legumes e verduras.

*Ex-Libris Comunicação Integrada - (11) 3266-6088 - Edmir Nogueira - [email protected] - Marco Berringer - [email protected]