O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar argentino (Senasa) reforçou aos produtores de frutas frescas no norte da Patagônia, a importância de realizar as tarefas de controle e monitoramento da Cydia pomonella (Carpocapsa). O inseto é considerado uma das principais pragas da maçã e pera no mundo. 

"As tarefas devem ser realizadas durante todo o processo de produção da fruta, desde o estabelecimento até a embalagem e o acondicionamento", disse o coordenador de Proteção Vegetal da Patagônia Norte, Esteban Rial.

Nesse sentido, reitera-se que os estabelecimentos produtivos cadastrados no Plano de Trabalho para a exportação de maçãs, peras e marmelos para o Brasil, devem informar ao Sistema Integrado de Gestão da Rastreabilidade (SIGTraza) as leituras semanais que são feitas nas armadilhas.

"Profissionais do Centro Regional da Patagônia Senasa estão fiscalizando as propriedades produtivas registradas no Brasil e verificam se na entrada há uma placa com o nome de quem produz ou a Razão Social e o número de registro no Cadastro Sanitário Nacional de Produção Agropecuária (Renspa)", reforçou Rial.

Dentro do estabelecimento, são controladas a identificação das Unidades Produtivas, a atualização do Caderno de Campo, a instalação da Rede de Captura e a aplicação da Técnica de Confusão Sexual (TCS), entre outras ações. Nos estabelecimentos de acondicionamento e armazenamento a frio de frutas frescas, as tarefas de verificação das frutas devem ser realizadas antes do processo. Neste caso, recomenda-se que os responsáveis técnicos tomem extremo cuidado com a coleta da amostra correspondente a 0,3% do total de quilogramas do lote inserido no estabelecimento, definido por PU/Variedade.

O objetivo desta ação é determinar o percentual de danos e a presença e/ou ausência de larvas de carpocapsa, cujos resultados também devem ser comunicados ao SIGTraza. Nesse sentido, Rial enfatizou que "é função do técnico responsável por cada embalagem/frigorífico de frutas frescas garantir que esta tarefa seja realizada corretamente".

"A omissão destes procedimentos é motivo de suspensão das atividades enquadradas no Plano de Trabalho e pode até mesmo levar à exclusão dos estabelecimentos dos cadastros para processamento de frutas com destino ao Brasil", destacou Rial. Além disso, lembrou que "devem ter os relatórios de danos, as guias de entrega para a entrada da fruta e a ficha de verificação prévia ao processo".

A Cydia pomonella foi introduzida em 1926 e depois detectada no Brasil em 1991, em plantações do norte do Rio Grande do Sul e hoje é considerada uma praga quarentenária da maçã no país. Também chamada de mariposa-das-maças, o inseto de origem européia, o inseto coloca larvas que fazem túneis em frutos. Além da maçã tem sido encontrada nos frutos de pereira, marmeleiro, pessegueiro e ameixeira. *Agrolink